"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Realidade e Irrealidade - Onde começa e onde termina




O que distingue o real do irreal? Como você, nesse momento, pode saber que o que você está vivendo é realidade ou sonho? Como você distingue um sonho ruim de um acontecimento? Essa dúvida escura e pesada se arrasta pelas minhas entranhas como uma praga... De repente eu não tenho mais certeza de nada. Quem sou? Onde estou? Onde eu sempre estive? Como eu posso saber que você, eu, o mundo, essa situação, qualquer coisa, é real?


É estranho... Em um sonho, o tempo e o espaço não são verdades fixas, o raciocínio é confuso e fantasioso, muitas coisas não fazem sentido ou não possuem explicação. Mas o que acontece quando a sua suposta vida real começa a deixar de fazer sentido também? O que acontece quando o seu tempo e espaço que deveria ser regrado e fixo, deixa de ter essas características para se tornar liquido? De repente pode acontecer de seu sonho ser muito mais real e concreto que sua realidade e vice e versa, em uma confusão enlouquecida.


Em um dia você tem certeza absoluta de algo e em outro você não tem certeza de nada. A realidade é assustadora de mais para ser vivida plenamente e a irrealidade igualmente. Porém são medos diferente. O medo da realidade é o medo de algo que já foi, é o medo de se encarar seus antigos fantasmas, medo de voltar no tempo, de sentir o que você já sentiu, é o medo de não suportar viver com essa verdade que por mais que você saiba que é uma verdade, não admitir para si mesma a torna mais leve e suportável. O medo da fantasia é um medo do incontrolável, de perder as rédeas, de enlouquecer, é o medo de algo novo, pior, incurável. O medo da fantasia é o medo do futuro, medo da vítima que você irá se tornar de si mesma, medo de não ter certeza de nada, o medo do não-ser, do não-sentir, do imprevisível, do sem resposta.


A maioria das pessoas não se pergunta todos os dias o que é real e o que não é. Mas eu não as entendo, como podem ser tão calmas e controladas? Como podem ter tanta certeza do que é o que é? Como alguém pode provar para si mesmo ou para o mundo que o que ele está vivendo é real? Quem garante que não sejamos todos loucos sonhando uma alucinação coletiva? Ora, ninguém. É tudo volátil de mais para mim, insólito, instável. Agora é comum eu me pegar não sendo eu, como se eu estivesse vivendo em um grande filme ou jogo de vídeo game. Pois me falta um parafuso para que minha cabeça mantenha-se no lugar, imagino. Afinal, eu existo?

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