"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O que realmente importa



É bonito essa gente falando que o que realmente importa é o interior e não o exterior. É bonito gente falando que não liga para a aparência, que ser bonito não é o essencial, que não se julga um livro pela capa. É bonito, mas é mentira.


O que realmente importa não é você ser inteligente, não é você ser legal, compreensivo ou o que quer que seja, o que realmente importa é você parecer ser isso, se seu rosto e sorriso falso de modelo dizem que você é legal, simplesmente porque você é bonita e parece simpática, é isso que importa. A primeira coisa que as pessoas fazem é julgar o livro pela capa. Já ouviu falar a expressão "a primeira impressão é a que fica"? O que seria essa primeira impressão, se não um preconceito? Um julgar antes de conhecer?


Fazemos isso o tempo inteiro. Quem disse que aquele moleque moderninho, de lábio furado e tatuagens, é um vagabundo? Quem disse que o certinho, de óculos e aparelho nos dentes é mais inteligente do que o garoto inquieto e falante? Estereótipos não passam disso, estereótipos, não são verdades absolutas. Porém na hora de apostar, ninguém arrisca suas fichas no improvável, o que é lógico. Mas imagino que esse preconceito, apesar de ser inevitável no ambiente de trabalho por exemplo, onde a aparência realmente é tudo, não deveria ser levado para a vida pessoal. Não deveríamos olhar torto para alguém simplesmente porque ela é um pouco diferente, isso de forma nenhuma significa que ela é uma pessoa pior. Porque significaria isso? Imagine que, se ser diferente fosse algo percebido como muito ruim para a pessoa, ela procuraria ser igual, não andaria na rua assumindo sua diferença. Ser diferente é absolutamente normal. Alias assumir sua diferença com algo normal é um desafio e tanto, por isso vemos tantas pessoas frustradas, vivendo uma mentira. Isso não aconteceria se vocês, nós, a sociedade, deixasse de lançar esses olhares de desprezo, reprovação ou de qualquer outra forma negativa.


O quanto nós iríamos evoluir se simplesmente aprendêssemos a ver a diferença como algo normal e bom... É irônico como se fala tanto de "ser você mesmo", desde que o "você mesmo" esteja dentro do padrão da maioria. Da próxima vez que você ver alguém diferente na sua frente, tente enxergar a pessoa por trás da diferença, você vai perceber o quão ridiculamente iguais são todos os seres humanos apesar de tudo. Porque essa cara de desprezo? Não vê que todos a sua volta não passam de espelhos vivos de você mesmo? Da mesma forma que você também não passa disso, um espelho.

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