"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Deixe brilhar! - Feliz Ano Novo


Fim de ano, planos e promeças sendo feitas, expectativas e esperanças... Eu poderia desejar que tudo o que vocês estivessem planejando se realizasse, mas eu acho que isso não é o mais importante. É bom as vezes que as coisas saiam um pouco de nosso controle e tomem caminhos totalmente novos e inesperados, é bom deixar a vida nos surpreender e ir vivendo assim... Sem cobrar muito ou esperar de mais, só ir vivendo cada momento como se fosse único, porque é (coisa de chavão mesmo, sabe?). Vou desejar a vocês que antes de qualquer coisa, qualquer presente, dinheiro ou seja lá o que vocês estejam planejando, que vocês se amem e se orgulhem de ser quem são. E que se ainda não conseguirem se orgulhar, ao menos começem se aceitando, admitindo para si mesmos quem são. E depois... Eu desejo que você tenha a coragem de encarar o mundo sendo quem é. Eu desejo que quando alguém vier te repreender ou dizer que você não pode ser assim, que você mantenha a cabeça erguida e se recuse a aceitar aquelas palavras.
Desejo nesse ano novo que vocês se percam um pouquinho, porque essa é a única forma de se encontrarem. Desejo que vocês caiam sim se não houver escolha, mas que vocês se levantem mais fortes (mais fortes, não mais insensíveis, há uma grande diferença ai). Desejo que não importa sua dificuldade ou sua luta pessoal, que você tenha ao menos uma pessoa que te abraçe quando você precisar, nem se essa pessoa for... sei lá, sua bisavó surda. Desejo que você não deixe o vazio em seu peito tomar conta de seu ser. Desejo que quando você estiver confuso e não souber o que fazer, quando a dor for insuportável de mais, que você possa chorar o quanto for preciso, mas depois que você levante os olhos para o céu, respire fundo e pense, pense com calma e paz, a saída está bem diante de seus olhos, é simples, você vai ver.
Desejo que você ai quietinho em seu canto, olhando sempre pra baixo e pensando que não vale nada... Que você saiba que é especial sim. Desejo que você deixe brilhar, que você mostre quem você é e surpreenda as pessoas a sua volta! Feliz Ano Novo!
Ps: A imagem é do clipe Firework da Katy Perry, em homenagem ao projeto "It gets better" da pixar, que eu comentei a um tempo atrás, super recomendo: http://www.youtube.com/watch?v=QGJuMBdaqIw&feature=recentf

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pessoas não valem a pena


Eu devia ter acreditado quando ela me disse que as pessoas não valiam a pena... Realmente, elas não valem a pena. Simples assim... Eu fui uma idiota por ter pensado que vocês mereciam mais uma chance, na verdade já perdi as contas de quantas chances jah lhes dei e mais uma vez aqui estou eu, chorando a dor da decepção. Estou cansada, a muito tempo estou cansada de todos vocês... Por que vocês voltaram? Por que pediram desculpas e quiseram minha amizade de volta como se nada estivesse acontecido? Por que quiseram isso se no fundo se envergonham de quem eu sou? Se não me querem em suas casas nem querem que seus pais saibam que andam comigo?
O que eles te disseram hein? Que eu sou uma má influência? Que vocês precisam se afastar? Que vocês vão se prejudicar se continuarem do meu lado? Que a imagem de vocês vai ser comprometida? Sabe... Mais uma vez... Se vocês PENSAM que tem a porra de uma imagem, eu tenho muita pena de vocês, por que olha... Vocês são uns nerds idiotas, essa é a grande imagem que vocês precisam manter. É só olhar pra vocês para ter certeza do quão patéticos vocês são. E por serem tão patéticos... Eu sempre imaginei que vocês me aceitariam, que se seus pais não gostassem de mim, vocês os enfrentariam e diriam que eu sou muito mais do que as marcas em meus braços ou minha orientação sexual. Por que eu sou. Vocês sabem disso. Do mesmo jeito que eu sei que vocês são muito mais do que essas caras de nerd viciado em joguinhos idiotas (apesar que de um tempo para cá eu venho desconfiando se vocês realmente tem algo a mais do que isso).
Cara... Se vocês soubessem quantas vezes eu já ouvi que vocês não valiam a pena, quantas vezes meus pais já me disseram que vocês não eram meus amigos de verdade... E todas as vezes eu os defendi de corpo e alma. Todas as vezes eu estufei o peito orgulhosa por ser amiga de vocês... Orgulhosa de poder calar a boca de todo mundo e dizer o quanto vocês eram incríveis... É... Eu defendia vocês, tanto que aqui em casa ninguém mais tem coragem de abrir a boca criticando-os. Não só os defendiam como dizia com mais orgulho ainda quem vocês eram. Sim, meus pais sabem quais de vocês são gays, quais são problemáticos e todos seus defeitos e mesmo assim... Meus pais respeitam vocês porque eles sabem que eu voaria no pescoço deles se eles ousassem falar qualquer coisa de mau de vocês.
E no entanto.... Vocês não são incríveis. No entanto eu acho que vocês nunca foram realmente meus amigos, foram? Vocês eram amigos de quem vocês ACREDITAVAM que eu era, nunca de quem eu realmente sou. Isso explica o fato de vocês terem me virado as costas quando eu começei a ser mais sincera. Pois é... E todas as vezes que eu defendi vocês... Tenho vontade de voltar no tempo e concordar que vocês eram uns idiotas, que vocês não valiam nem um pouco a pena.
É realmente patética toda essa situação. Sempre os achei infantis mas dessa vez vocês realmente se superaram... Me sinto de volta à segunda série quando aqueles grupinhos de garotinhas mimadinhas me excluiam por não irem muito com minha cara. Ou então aqueles "amiguinhos" que eram super simpáticos quando eu estava sozinha com eles, mas em grupo fingiam que não me conheciam e sempre me deixavam de fora. Tão infantil... Sintam o nível que vocês estão. É ridículo, desculpa, mas é realmente ridículo. E eu imaginando que vocês poderiam ter crescido...
E não me venha com a desculpa que "sua mãe" que não gosta de mim e não quer que você ande comigo. Porra... e você faz tudo o que sua mãe manda?? Você deixa sua mamãe escolher quem são seus amigos? Quantos anos você tem hein criança? Cinco aninhos? Pqp... É incrível uma coisa dessas... Deixa eu te falar... Se eu ouvisse tudo o que minha mãe fala eu já teria me matado a anos. Cresça porra! CRESÇA. Me diz. Você queria ser meu amigo? ENTÃO DEVIA SE ORGULHAR DE MIM COMO EU SOU. Porque é isso que os amigos devem fazer. Não, mais uma vez, eu não sou medrosa como vocês e não vou me esconder. Ok? E nem vou ser amiga de quem tem vergonha de quem eu sou, ou quem não consegue me defender e ficar do meu lado. Isso não é amizade. É uma merda que eu não sei nem classificar.
Eu não os quero mais em minha vida, tudo bem? Chega. Com todo o respeito, vão se fuder.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Dona do meu coração



Eu acho que você roubou meu coração. Só acho. Não estou te acusando nem nada, só estou desconfiada... Porque agora toda vez que eu olho para o céu, me sinto obrigada a fechar os olhos e sorrir, imaginando seu perfume ou seu corpo quente junto ao meu. Estou um pouquinho desconfiada por que quando você está longe um vazio estranho me toma e respirar fica um pouquinho mais difícil. Acho que você roubou meu coração porque estar ao seu lado me faz a pessoa mais feliz do mundo. É... você decididamente roubou meu coração. Porque agora todas as músicas me lembram você, todas as cores, todos os sorrisos, todas as crianças e todos os lugares. E eu me pego sorrindo, imaginando estar ao seu lado, tão feliz que eu sinto que a alegria não vai caber em mim. E depois triste... Porque você não está aqui agora.
Mas eu não estou querendo te acusar não! Não ligo muito você ter roubado esse meu coração todo cheio de cicatrizes... Não vale muita coisa. O problema foi que você não só roubou ele... como cuidou dele e o consertou... Depois o devolveu aqui em meu peito, quase que novinho em folha, quente e palpitante.
Se fosse só por isso tudo bem. Mas agora meu coração só quer saber de você. Acho que você o conquistou... É. Agora eu te amo... Não tem jeito.
Te avisei que seria perigoso roubar meu coração desse jeito.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desapegada - Eu não me importo


Não, eu não me importo se você me acha feia ou bonita, louca ou normal. Não, eu não me importo mais se você me olha desse jeito tão decepcionada, como se eu devesse sempre ser uma bonequinha sem opnião, sem personalidade ou coragem para viver. Não me importo se você chora de noite ou se você reza para seu Deus para que eu mude. Não me importo se eu te machuco. Na verdade... eu gosto de te machucar. Não me importo se você está morrendo ou não, se está doente ou não. Não me importo se você acha que eu estou me perdendo, se você acha que eu estou indo para o caminho errado, se você acha que eu estou me destruindo. Sabe por quê? Porque eu nunca me senti tão viva e inteira em toda a minha vida. Em toda a minha vida eu nunca tive tanta certeza de mim mesma quanto eu tenho agora. E eu estou feliz... Feliz por finalmente estar avançado. Feliz por poder me abraçar agora e sentir que eu sou eu, simples assim, nem mais nem menos, só eu. Estou tão feliz. E é uma pena você não poder ver isso ou não querer ver isso.
Mas tudo bem. Não me importo também se você se importa ou não com minha felicidade ao invés de se preocupar só com as aparências e com o que "os outros vão dizer". Na verdade não me importo nem se você existe ou não. É... Eu sou má, né? Não tenho coração, não me apego, não tenho a mínima consideração, não demonstro carinho nenhum, amor nenhum, sou distante mesmo, sem sentimentos. E eu quero que todos vocês se fodam. Para vocês, eu nunca dei um sorriso sincero e todos os abraços que dei foram obrigados. Eu nunca quis conversar, nunca. Nunca os quis por perto, nunca quis que me vissem chorando, nunca quis que soubessem de nada. Eu nunca os procurei, nunca pedi um conselho, nunca pedi ajuda. Sempre dei um sorriso distante e respondi vagamente, como que dizendo... Me deixem em paz, estou bem aqui sozinha, eu sei me virar. Eu nunca tive uma família.
Minha culpa? Culpa deles? Não sei. Só sei que isso nunca existiu, essa coisa de família. Se eu nunca te procurei é porque você nunca demonstrou que estaria lá para mim. Se eu nunca demonstrei que precisava de você, foi para me proteger porque eu sabia que você nunca iria lutar por mim, nunca iria ouvir minhas dores e lágrimas. Não. Você nunca tentou conversar, você nunca procurou me conhecer. Você nunca sentou comigo no chão, afastou meus bichinhos de pelucia ou qualquer coisa que estivesse me escondendo e me abraçou. Na verdade eu agradeço por não ter me abraçado, eu tenho medo do seu toque. Você nunca disse que me amava. Você nunca... tentou me entender. Porque eu tenho tanto medo de você? Por quê? O que vocês fizeram comigo?
Sabe... Eu os odeio as vezes, de todo o meu coração. Vocês nunca foram minha família... Não. Meus amigos sim foram minha família (quando os tive). Ou eram... Agora não são mais. São só meus amigos mesmo. Poucas pessoas agora são realmente vitais. Acho que as coisas precisam ser assim mesmo... Afinal não posso depender do carinho e amor dos meus amigos para sempre. Eles não estão conosco para sempre. Nem te amam incondicionalmente como os pais deveriam fazer. É, acho que sou uma desapegada sem coração mesmo. Foda-se. Prefiro assim do que o que eu era antes, fraca, dependente, perdida e patética.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Eu nunca...


Eu nunca vou passar na faculdade, na verdade eu nunca vou terminar nem a escola. Eu nunca vou achar alguém que me ame exatamente como eu sou. Eu nunca vou conseguir amar alguém de verdade. Eu nunca vou poder ser quem eu sou. Eu nunca vou poder ser feliz como eu sou. Eu nunca vou achar um lugar para mim no mundo. Eu nunca vou me encaixar. Eu nunca vou ser reconhecida por nada. Eu nunca vou conseguir respeito de ninguém. Eu nunca vou conseguir dizer não para qualquer pessoa. Eu nunca vou conseguir que aguém olhe para mim. Eu nunca vou conseguir olhar para alguém e sentir que não sou inferior. Eu nunca vou conseguir coragem para parar de ir na igreja. Eu nunca vou conseguir não abaixar a cabeça quando alguém me repreende, justa ou injustamente. Eu nunca vou me amar. Eu nunca vou conseguir sobreviver a isso.
Depois de toda a força, lágrimas e sangue que eu precisei para derrubar todas essas "verdades" na minha vida, você não me venha dizer que eu nunca vou arrumar um trabalho por eu ser quem sou. Não me venha dizer que eu devo me envergonhar de mim mesma, ok? Não... Não me venha dizer que eu preciso me esconder e mentir. PORRA. Será que ninguém nunca aprende nada? O que eu preciso fazer para provar pra vocês que eu não preciso da aprovação nem desaprovação de ninguém para me orgulhar de quem eu sou? Exatamente como eu sou. Não preciso da aprovação de ninguém para provar que sou completamente capaz para ser o que eu quiser e fazer o que eu quiser também, ok?
Não... É brincadeira... Você passa a sua vida inteira lutando contra si mesmo. Quando finalmente você se concentra em lutar contra o mundo para ele te aceitar como você é e consegue... Vem uns retardados falando que você precisa ser assim e assado... AHAM. Fai se fuder vai, não vou voltar a ser uma mentira, não vou voltar a me esconder. Puta merda... Vou voar no pescoço do próximo que viver me ditando como eu tenho que ser. Porra. Cuida da merda da sua vida, se é que você tem uma né.

A Hipocrisia Familiar


As pessoas começam a chegar, tios, tias, primos, avós, pais... Todos sorrindo, se cumprimentando amigavelmente, se apunhalando gentilmente. Fala-se de tudo e de nada ao mesmo tempo, finge-se que existiu saudades, finge-se que se importam, finge-se que se é o que não é. Eu fico quieta no meu canto, sorrindo como uma estátua, entrando automaticamente atrás da máscara que eu fui criando e aperfeiçoando ao longo da vida. Eu estou bem, estou sempre bem, sorrindo, sendo gentil, educada, delicada, tímida. Não sou nada além daquela filha perfeitinha e inteligente enquanto estou ali. Faço o que você quiser, não sei dizer não. Me falta o ar enquanto eu sinto tudo o que eu sou, acredito e vivi sendo trancado dentro de mim. Eu sou ninguém ali.

Falam de mim como se eu não estivesse ali. Sou elogiada por coisas que fiz que fizeram com que eu me odiasse, sou elogiada por ser, fingir ser na verdade, o oposto do que sou. Todo mundo fica feliz quando eu não sou eu mesma. Todo mundo, menos eu. Mas quem se importa com minha opnião, não é? Está tudo bem enquanto eu ser exatamente o que se espera de mim. Nada mais, nada menos.

Então eu me lembro quando eu realmente era o que se esperava de mim, ou acreditava que era. Se acreditassem que minha vida seria uma merda, ela seria. Se acreditassem que eu fracassaria em tudo o que tentasse fazer, eu fracassaria. Se acreditassem que eu fosse me casar com qualquer cara idiota, eu me casaria. Afinal... Eu existia para as pessoas a minha volta, nunca para mim mesma. Da para acreditar nesse grau de submissão?

De qualquer jeito, eu me lembro disso... E me afasto, para o mais longe possível. Todas essas pessoas sempre me fizeram tanto mal. Quero ir embora... Sempre quis, desde que me entendo por gente. Minha ansia para fugir para bem longe só cresce a medida que vou ficando mais velha. Preciso ir embora. Quero tanto poder viver em paz e feliz, quero tanto que me deixem em paz... Que o dia em que eu possa respirar aliviada, livre e totalmente independente de qualquer pessoa chegue logo... O mais rápido possível. É o que eu mais quero.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Lar, nem tão doce lar.



"E ele continua: 'Uma superstição popular da América do Norte é a de que as crianças são o bem mais valioso e de que o núcleo familiar é o melhor lugar onde podem crescer. Para inúmeras delas, isso não passa de uma grande mentira. O núcleo familiar é para muitas crianças norte-americanas uma zona de guerra em que sofrem abuso físico e sexual - um Vietã particular.'
(...)
Em minhas passagens por lúgubres hospitais psiquiátricos, conheci mulheres jovens que, como eu, foram sexual, emocional e fisicamente abusadas - palavras mais leves para 'estupradas, silenciadas, chutadas e estranguladas, com o corpo usado como saco de pancadas e a carne como cinzeiro'. Lembro-me das mulheres espancadas e confusas do abrigo de Liverpool, e nunca me esquecerei do grito primal que irrompeu através dos corredores do Saint Thomas quando imobilizaram Sophie para lhe dar um tranquilizante. Seu crime? Ela teve dois filhos do pai.
Quem está cuidando dos filhos de Sophie enquanto ela está na ala psiquiátrica? Seu pai/avô? Sua mãe distraída? As babás de uma creche? Estarão os filhos de Sophie vivendo em uma zona de guerra? Será que o doutor Ross estava correto ao dizer que nossa sociedade ficou ainda mais doente?" - Trecho do livro "Hoje eu sou Alice" de Alice Jamieson
Acho difícil falar sobre abuso sexual infantil... Já fiz um post sobre isso, mas foi totalmente baseado em pesquisas, em nenhum momento deixei meu lado sensível falar. Tem alguns assuntos que parece que não se fala... Alguns assuntos que sinto como se não pudesse falar, como se fosse errado. É engraçado porque esse é um dos pensamentos que permite que isso continue acontecendo cada vez mais. É preciso falar. Mas é difícil, não é? Experimentem colocar "abuso sexual infantil" no google imagens e dêem uma olhada nos rostos daquelas crianças. É triste de mais... Aliás a palavra "triste" não descreve nem de longe o que eu sinto sabendo que coisas como essa acontecem toda hora, com milhões de crianças e continuam acontecendo e acontecendo. É duro admitir que coisas assim acontecem... É pior ainda admitir que não só acontecem como na maioria das vezes vem de alguém de deveria supostamente proteger e amar a criança.
Falar sobre abuso sexual infantil é um tabu. Ninguém quer falar sobre isso, ninguém quer olhar para uma família aparentemente perfeita e descobrir os segredos e monstruosidades por trás das mascáras. Ninguém quer olhar para um padre, ou alguma outra pessoa qualquer de respeito e imaginar o que ele faz quando está sozinho com alguma criança. Ninguém quer imaginar que talvez aquela garotinha, perfeita, risonha e boazinha, possa estar sendo abusada. Ninguém quer encarar essas verdades. É doloroso de mais. Tudo fica mais fácil quando não falamos sobre isso. Ninguém precisa saber. É o nosso segredinho, certo? Se você contar isso para a mamãe ela vai ficar triste. A mamãe não vai mais gostar de você se você estragar a brincadeira. Boa menina. Boa garotinha...
Eu sei o quanto é difícil para uma criança contar o que está acontecendo com ela... Então meu apelo vai para as pessoas a sua volta. Pais, tios, professores, babás, qualquer adulto minimamente decente que tem contato com uma criança. Por favor... Por favor... Não ignorem os fatos, acreditem em suas crianças, leam o que os olhos delas dizem, estejam atentas a seus medos, conversem, expliquem, pelo amor de Deus, expliquem para as crianças que ninguém, absolutamente ninguém pode fazer aquilo com elas, expliquem que é errado e que ela precisa contar se isso alguma vez acontecer, porque não pode acontecer. Principalmente crianças pequenas... Crianças pequenas não têem como saber se aquilo é normal ou não se ninguém as ensiná-las.
Eu sei que muitas vezes nem tudo isso vai ser capaz de impedir que o abuso aconteça, mas imagino que se as pessoas tomarem mais conhecimento que isso acontece sim e é muito mais comum do elas pensam... Muitas crianças possam ser salvas. Elas realmente precisam ser salvas... O meu desejo era poder abraçar todas elas e tirá-las para sempre dos braços daqueles monstros. Mas se as coisas fossem simples assim... De qualquer jeito. Saibam disso e tenham os olhos e acabeça bem abertos.
Eu li no mesmo livro que segundo as estatisticas, 2 a 3 alunos de cada classe de 30 estudantes na América, já foram, estão sendo ou serão abusados sexualmente. Já experimentou, sentado na sua classe, pensar nisso? E pode ter certeza que no Brasil a coisa é ainda pior. E pode ter mais certeza ainda que isso é só a ponta do iceberg. A grande maioria dos casos nunca sai das bocas silenciadas dessas crianças. Pense um pouquinho nisso.

Conversas que nós nunca teremos


(porque eu nunca digo o que eu estou pensando...)
Pai: Você apanhava na escola... quando era pequena?
Filha: Não pai. Eles nunca precisaram me bater para conseguirem o que queriam. Você me ensinou bem a ser uma boa garotinha.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Sainda do armário



Bom... Esse ano eu surtei, dei a loca, quis me matar, me afundei, tive crises e mais crises de tudo o que eu tinha direito, sobrevivi a base de terapia e tarja preta e... finalmente, sai do armário! Obviamente foi da forma mais doida e inesperada possível. Irritei meio mundo, assustei outra parte e quase ninguém acreditou de primeira em mim. É claro que não iriam acreditar. Afinal eu mesma consegui me enganar por um bom tempo, enganar os outros também não é muito difícil (desculpem a decepção... mas sim, eu sei mentir e muito bem se minha vida depender disso lol). O fato é que eu simplesmente não podia contar nada para ninguém. Eu estava confusa de mais, perdida de mais para ter certeza se quer se eu continuava viva em meu corpo, que dirá quanto a sexualidade que sempre foi um problema e tanto na minha vida. Maaas, isso tudo passou. E hoje estou aqui para deixar que vocês me conheçam um pouquinho mais, de verdade dessa vez. Talvez vocês consigam me entender agora.

Sempre fui uma menina esquisita... Isso é fato. Tímida de mais, absolutamente perdida. Quando pequena eu odiava as outras meninas, alias durante grande parte da minha vida eu guardei uma irritação injustificava de quase todas as garotas. Eu gostava de andar com os meninos. Me identificava com eles, gostava de brincar do que eles brincavam e tê-los como amigos... Não, não gostava das meninas, todas frescas com suas bonecas e coisas cor-de-rosa. Mas eu não era um menino. Por mais que me esforçasse e tentasse me encaixar (passava dias e dias treinando futebol para conseguir ser tão boa quanto os outros garotos) eu era uma menina oras... Eu não era vista com igualdade pelos outros meninos. Eu era fraca e feminina de mais para ser vista como um deles e forte, desajeitada e muleque de mais para ser vista como uma amiga pelas outras garotas. Daí vem minha sensação de nunca se encaixar em lugar nenhum.

Bom... Viver no meio de muleques não é uma boa idéia quando se é uma menina. Tem que ser muito macho para conseguir botar respeito em um bando de mulequinhos descontrolados. Eu não era macho. Eu era só uma garotinha que gostava das mesma coisa que eles gostavam! Mas ainda sim uma garotinha. Tive muitas experiencias ruins com meninos quando pequena. Principalmente com os mais velhos e os mais problemáticos. Coisas que foram contribuindo para que eu me sentisse cada vez mais tímida, fechada, perdida, diferente, submissa e fraca. Quando digo que sou fraca... muitas vezes eu não estou dizendo no sentido psicológico, estou falando no sentido físico mesmo. Sou fraca de mais para conseguir manter os homens longe de mim e eu sei que por mais que eu queira, eu nunca vou ser forte o suficiente. E o problema é que eu não quero ser forte! Entende? Não quero ser um homem! Não, eu gostava de ser menina! Só não gostava que os meninos me tratassem como menina, a bonequinha deles, o brinquedo. Não sei se vocês estão conseguindo me entender... mas tudo bem.

Enfim. Os garotos me deixaram muito claro onde era meu lugar. Submissa a eles. E como eu odiava isso... Como eu odiava ter que abaixar a cabeça toda a vez que eles se aproximavam e rezar para que não fizessem nada, como eu odiava... Odiava quando o jogo acabava, quantos gols eu tinha feito? Não importava, eu era uma menina, eu era sortuda só isso, sorte... Ela sempre tá no lugar certo para chutar a bola, mas no corpo a corpo até o vento ganha dela. Eu me lembro... eu era ou goleira ou artilheira, lembro de estar sempre machucada, eu não me importava de me machucar, a única coisa que me importava era fazer gol ou defender o gol. Quantas vezes sai sangrando daquela quadra? Nem me lembro. Mas eu era feliz quando jogava, era jogando o único momento que eu sentia que fazia parte de alguma coisa, me encaixava em algum lugar... Apesar de eu detestar quando o jogo acabava e eu deixava de ser a jogadora para ser a garotinha. De qualquer jeito... Fui crescendo assim.

Nessa época que só andava com meninos quase não tinha nenhuma amiga menina, mas com o tempo eu não pude mais jogar bola com os muleques... Eles estavam crescendo, ficando cada vez mais fortes e perigosos, no fim fui forçada a tentar pelo menos alguma amizade com meninas. Garotas são complicadas... Mas eu passei a gostar delas, não de todas... Eu tinha um ódio recíproco por uma garota em especial do meu prédio, o nome dela era Aline... Absolutamente linda, perfeitamente mimadinha e irritante. Eu me sentia intimidada com a beleza dela... é. Enfim. Eu nunca desconfiei que poderia gostar de garotas até uns 12 anos de idade eu acho. Simplesmente porque eu não sabia que era possível homem gostar de homem ou mulher gostar de mulher lol (entendam que eu venho de ma família absurdamente religiosa e que isso é um tabu). Quando soube da existência dos gays, eu só soube dos homens... Gays, garotos afeminados, fim. Sapatão? Já tinha ouvido minha vó falar uma vez ou outra eu acho, com desprezo, mulheres machonas... Mas até ai eu não sabia que essas mulheres poderiam gostar de outras mulheres. Quero dizer... Isso para mim não existia. Era totalmente fora da minha realidade. Deus fez o homem e mulher, certo? Não a mulher e a mulher.

Fui crescendo, arrumei uma melhor amiga no meu prédio... Uma que eu amava de paixão. Fazia tudo por ela, tudo (e isso inclui brincar de boneca e essas coisas de meninas, na verdade foi ela que me ensinou a brincar de boneca...). E algumas outras amigas na escola... Chorei muito por essas amigas da escola, elas viviam me magoando sem dó nem piedade. Garotas são crueis. Eu obviamente era o saco de pancada delas, para variar. Alias eu sempre fui o saco de pancada de todo mundo. Enfim... Lá estou eu, com 12 anos. Vendo pela primeira vez um beijo lésbico na internet... E então a confusão começou. Fiquei pela primeira vez com um garoto, meu melhor amigo, e eu nem sei porque. O fato é que fiquei com ele e surtei. Obviamente. Era engraçado como eu "ficava" com ele na escola e em casa via o clipe da Tatu, all the thinks she said, incansávelmente. E nem me tocava que talvez, só talvez o que eu estava sentindo pela minha amiga fosse um pouco mais do que amizade. Bom, eu passei a odiar esse meu amigo sem explicação nenhuma, terminei com ele, terminar é pouco, eu quebrei seu coração sem nem pensar duas vezes, só para ter certeza que ele nem pensaria mais em chegar perto de mim.

Eu ficava com garotos, sabendo que era isso que eu deveria fazer, encontrar um garoto. Nada mais do que isso. Bom, na verdade eu fiquei com poucos garotos, uns 4 só acho... Eu geralmente preferia escolher um e botar na minha cabeça que ele era perfeito, exatamente aquele, aquele mesmo, o mais inalcansável possível e distante. Geralmente era assim. Eu me "apaixonava" pela personalidade de um ou outro, olhava como as garotas ficavam animadas ou excitadas na frente de meninos e não entendia muito bem, mas fingia que sentia atração também. Na verdade eu nunca soube o que era exatamente atração física até o começo desse ano. Bom... E assim as coisas foram indo... confusas e desencaixada. Eu ainda não entendia qual era a porra do problema comigo. Até que eu fiquei um menino, o último menino que eu fiquei... E com ele as coisas foram diferentes, foram longe de mais, eu não tive o controle que tinha conseguido das últimas vezes, não... Ele foi longe de mais e desesterrou todos os meus traumas e medos em um dia só. Foi ai que as coisas começaram a desandar de vez... Eu me perdi, no labirinto confuso que eu sou. E fui me afundando cada vez mais no meu inferno particular...

Enfim... Começo do ano. Estou relativamente bem ainda, animada com o começo das aulas, quero estudar para passar no vesbular, tenho um objetivo para lutar. Minha animação não dura quase nem uma semana... Vou piorando aos pouquinhos, sempre piorando, chego no fim do poço nas férias de julho. Me corto quase todos os dias... Não me importo com mais nada, tenho certeza absoluta que não vou sobreviver até o final do ano... Na verdade não me importo muito se vou sobreviver ou não. E então... Uma pessoa começa a me chamar atenção... Já chamava atenção antes, mas agora é diferente. Uma amiga, ela se preocupa comigo, limpa meus cortes, faz curativos, conversa comigo incansavelmente, quantas vezes for necessário para me tirar, nem se for só por alguns momentos da escuridão que eu estava. Eu tentava mentir para ela sobre os cortes, mas ela sempre acabava descobrindo que eu havia feito de novo, eu gostava quando ela cuidava de mim... ou quando conversava comigo sozinha... Fazia eu me sentir estranhamente bem, bem como ninguém mais conseguia. Eu me policiava para não olhar muito para ela, tinha medo que ela visse nos meus olhos o que eu sentia, ao mesmo tempo queria que ela pecebesse. Queria que ela gostasse de mim também e tomasse a iniciativa, mas ela nunca deixou parecer que quisesse algo a mais além da amizade.

Bom, então eu cansei. Estava cansada comigo mesma, estava cansada de dar voltas em mim mesma sem nunca entender o que eu era e o que eu queria, estava cansada de ver as pessoas preocupadas comigo, estava cansada de ser um peso e me fazer de vítima... Então eu pensei... "pqp, que se foda essa merda, to apaixonada por ela, pronto, admiti, tarde de mais para voltar atrás." e falei para ela que gostava dela, em um dia meio doido e impulsivo. Assim "do nada" porque eu nunca havia falado para ninguém que eu talvez estivesse me apaixonando por ela desde lá o começo do ano. Assim "do nada" porque vocês não sentiram na pele a confusão sem respostas que foi a minha vida inteira. O fato é que a dúvida sempre esteve comigo... E eu tentei, juro que tentei de todos os jeitos possíveis ficar com um garoto, tentei até quase me destruir, mas tentei. Mas... Seria mentira se eu não dissesse que a coisa mais certa que eu já fiz na minha vida, foi ter admitido para mim mesma naquele dia, que estava apaixonada por ela.

É engraçado agora como tudo parece se encaixar e fazer sentido... Todos aqueles sentimentos confusos e atropelados que eu nunca entendi direito, agora parecem tão mais claros. É engraçado como parece que eu encontrei meu lugar finalmente... Lugar que eu nunca pensei que pudesse existir. Bom... Acho que essa é a história contada meio nas cochas de como eu sai do armário. Eu ainda não sai totalmente do armário, porque por mais que meus pais desconfiem, eu ainda não admiti para eles. E acho que não pretendo admitir por ainda um bom tempo. Mas eu acho que o passo mais importante para a felicidade de pessoas como nós é sair do armário para nós mesmos, admitir para si mesmo e aceitar o que você é.

Acho que é uma questão de auto-conhecimento, sabe? Pessoas que se conhecem muito bem, têem certeza desde cedo que são homossexuais. Mas não é assim com todo mundo. Para muitas pessoas a resposta não estão assim tão clara desde cedo. A unica coisa que temos certeza é que tem algo "errado" ou diferente em nós e não entendemos porque, nem o que exatamente é. De qualquer jeito, depois de admitir para si mesmo, o primeiro passo é contar para pessoas de sua confiança... Até porque é uma carga muito pesada de se carregar sozinho. Eu tenho sorte de ter minha namorada... Muita gente não tem um companheiro para contar com e é difícil saber como seus amigos vão reagir. De qualquer jeito, insentivo as pessoas a serem sempre elas mesmas. É solitário fazer da sua vida um segredo, sempre se policiando e desconfiando das pessoas. Bom, por experiencia própria, minha vida está indo de vento em polpa desde que desisti de tentar ser o que não sou. É isso ai, get out of the closet!

Aos desencaixados


Essa é para aqueles que não se encaixam, para os que andam perdidos, para os que pensam que não possuem lugar no mundo, para os discriminados, incompreendidos e taxados. Essa é para os que se sentem sozinhos e para os que choram, para os que pensam que não podem contar com ninguém:
Você vai encontrar seu lugar!
Acreditem em mim quando digo que vocês não são os únicos que passam por isso, acreditem quando digo que não estão sozinhos, porque realmente não estão! Acreditem quando eu digo que as coisas vão melhorar. Acreditem quando digo que por mais que hoje tudo esteja dando errado, por mais que hoje você pense que o mundo te odeia por você ser quem é, por mais que você se sinta errado... Se você lutar por isso, um dia as coisas vão se encaixar. Talvez agora você não consiga ver isso, talvez agora não exista luz no fim do seu tunel (no meu também não tinha), mas sabe... Tente não desistir, de todo o coração, nunca desista. As coisas passam, o mundo da voltas e quando você menos esperar... Lá vai estar você, se levantando onde todos pensavam que você desistiria, vencendo onde só havia derrota, lá vai estar você brilhando quando todo mundo tiver deixado de acreditar.
Sabe por quê? Porque são pessoas como nós, perdidas, esquisitas, revoltadas, diferentes, inquietas e desencaixadas que fazem a diferença no final. São de pessoas como nós, aparentemente fracassadas e frageis, que nascem os grandes escritores, os grandes pintores, grandes gênios e poetas, ativistas, inventores e sonhadores por fim. Não digo que todos os esquisitos são de alguma forma gênios, claro que não! Mas digo que são diferentes e mais, que trabalhem suas diferenças! Escreva, fale, desenhe, pinte, discurse, tenha idéias e mais idéias, trabalhe sempre o que você sabe fazer de melhor. Um dia você ainda vai brilhar. Continue sonhando e sonhando sempre, cada vez mais alto.
Você vai cair, vai se decepcionar e terá muitos obstáculos pela frente. Terá que renunciar muitas coisas, fazer muitas escolhas... Mas não pare, não desista! Corra sempre atrás do que você mais sonha, independente de qualquer coisa ou qualquer pessoa. Vá, viva sua vida. Mude o mundo a sua volta, você pode. É claro que pode... O mundo é dos que possuem grandes sonhos e grandes atitudes. Vá com tudo! A gente se encontra lá no pódio.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Despedidas - Isso não é um adeus.



Eu não gosto muito de férias... As coisa deixam de fazer sentido quando eu entro de férias. Eu não sei mais porque eu acordo, porque eu me visto, porque eu saio da cama e ando perdida pela casa sem saber o que fazer. O tempo, que sempre foi algo imprevisível e instável para mim, se torna totalmente irreal... E os dias, horas, semanas se confundem quando eu não tenho nenhuma atividade fixa. E pior, as pessoas se afastam, eu me afasto, por um motivo ou outro, viajens, programas, estudos, fazendo com que eu me sinta cada vez mais solitária.
Não sei lidar muito bem com a solidão ainda. Eu e minha namorada estamos em um clima de despedidas que sempre me deixa desesperada quando ela vai embora, mesmo que eu tenha certeza que no outro dia eu ainda vou vê-la. As vezes 2 meses e meio parece tempo de mais... De qualquer jeito, não tem como evitar isso. Só espero que ano que vem as coisas melhorem e eu possa vê-la mais vezes. Eu sei que é um bom tempo, mas isso não é um adeus ok? Vou continuar ao seu lado para sempre enquanto você me quiser. E.... até ano que vem! Vou estar te esperando.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Consequências


Foi estranho como ontem... pela primeira vez eu realmente senti o peso de ser quem sou e não esconder mais isso para o mundo. Senti vontade de chorar, enquanto te abraçava e tentava ignorar as vozes que nos xingavam, senti vontade de chorar... E por um instante eu realmente senti vergonha por ser assim, por um instante eu realmente acreditei que de alguma forma inexplicável era errado para mim amar. Errado e ruim... Por que se não fosse, porque as pessoas estavam nos tratando assim? Por que nos xingavam e nos odiavam sem nem nos conhecerem direito? As vezes é difícil para mim enxergar que algumas pessoas são simplesmente idiotas... É difícil para mim ver o quão má uma pessoa pode ser sem motivo nenhum. É algo que eu realmente não consigo entender. Tive vontade de desaparecer com você, por que eu senti como nunca que não me encaxava naquele lugar... Onde eu não poderia ficar com a pessoa que eu amo sem ter que enfrentar o peso da opnião da maioria das pessoas ali. Quero dizer... Se o mundo é um lugar onde eu não posso ser eu mesma e ser feliz exatamente como eu sou, acho que não quero viver nesse mundo... Eu costumava pensar muito nisso desde lá pelos meus 12 anos e isso voltou com tudo naquele momento na festa.

Mas foi só por alguns instantes... Não é muito difícil ignorar o mundo a volta quando estou com ela, muito menos quando o mundo a volta parece confuso e agitado de mais para se dar atenção. Então eu curti a festa, apesar que a cada instante que ela me deixava sozinha eu sentia um aperto no coração e um medo absurdo de uma de nós duas ser cercada e apanhar. Sério.
Mas a questão é... Isso acontece, sabe? Toda hora, em qualquer lugar... Alguns poderiam dizer que a escolha foi minha e que eu só poderia esperar por isso mesmo por não manter em segredo, e realmente, a escolha foi minha, mas eu acho que eu tenho o direito de esperar o mímino de respeito. Eu realmente não acredito que as coisas devam ser assim, não acredito que "isso" tenha que ser um segredo, uma vergonha.... Por que deveria? Quero dizer... Pense... Imagine se namorar quem você namora fosse "errado", imagine que você não pudesse beijar quem você ama nunca em lugar nenhum sem correr o perigo de ser vítima de preconceito, imagine ouvir todos os dias da boca de seus pais o quanto eles te odeiam... simplesmente porque você ama alguém e não pode fazer nada para impedir que esse sentimento exista. Pense um pouco. Se coloque em nosso lugar. Acha isso justo? Independente de religião, de ideologias ou seja lá o que for... Acha justo tratar alguém com tanto ódio só porque ela ama uma pessoa que, "infelizmente", não é do sexo oposto?
Sinceramente, se você acha isso justo... Sei lá... Eu acho que seu filho deveria nascer gay e esfregar isso bem no meio da sua cara nojenta :D Porque nada mais justo né... É fácil sair criticando, matando ou seja lá o que for, quando essa pessoa não é a que você mais ama na Terra. Pensa um pouquinho antes tá? Se você não consegue gostar de gays ou ter o minimo de compaixão, tudo bem! Mas antes de xingar ou bater em um ou seja lá o que for, pense... Poderia ser filho, seu irmão, seu primo... ok? Respeite. É o mínimo que você pode fazer e o máximo que nós pedimos e lutamos por.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

It Gets Better!

It Gets Better Project é um projeto lindo da Pixar para nós! Vale a pena dar uma olhada: http://www.youtube.com/watch?v=QyG-6GORuzc

Você não está sozinho! As coisas realmente vão melhorar! ^^

sábado, 20 de novembro de 2010

A escola acabou! - A vida começa agora.




Final do ano letivo, terminando o terceiro, um pé na faculdade outro nas provas finais aqui da escola... Parece que tudo está acontecendo rápido de mais, muitos problemas em pouco tempo, muitas brigas e pouca cabeça com paciência para resolvê-las... No fim todo mundo acabou se abraçando lá no último dia e chorando litros. É engraçado agora olhar para trás e perceber o quão criança nos fomos e o quão, infantilmente, nos abraçamos como se nunca tivesse existido nenhum problema entre nós... E eu sinceramente acredito que nenhum problema existiu de tão grande assim capaz de destruir nenhuma amizade. O que aconteceu foi simplesmente, pessoas crescendo, pessoas mudando e a dificuldade de aceitar isso como sendo normal e saudável e que o fato de alguém mudar não significa que ela se torne tipo... Ah! Meu Deus! É outra pessoa!!! Uma morreu e outra nasceu no lugar e mimimi. Não! As pessoas mudam, fim. Não, elas não "morrem" e renascem completamente diferentes. Não, não... No fundo são sempre iguais.

Enfim, esse foi um ano... Difícil, realmente muito difícil, o mais difícil da minha pequena vida inteira. Mas por outro lado... Aconteceram coisas maravilhosas, as coisas foram tomando um rumo tão... Incrível e inesperado que eu só posso rir da minha sorte. Nossa... eu falando em sorte... Nem eu to acreditando mas tudo bem. O fato é que eu olho para trás e me assusto vendo como uma situação aparentemente totalmente sem saída possa estar se resolvendo, me assusto vendo uma guerra quase perdida que por um fiozinho conseguiu tecer sua linda vitória. Tudo poderia ter dado tão errado, mas tão errado! Eu poderia hoje nem estar mais aqui. Poderia ter acontecido tanta coisa, mas tanta coisa... No entanto... A vitória. Alguns poderiam chamar isso de Deus, ou de destino... Não acredito nisso. Não... Eu acredito que uma vez na vida eu acertei, pela primeira vez na vida eu acertei. Eu acredito que eu lutei com todas as minhas forças e abusei de todas os tipos de ajudas possíveis para me reerguer. Acredito que pessoas boas existem e foi nessas pessoas que eu encontrei todo o amor e paciência que eu precisava. Eu acredito que ciência existe (Amém!) e que se tem algum defeito na minha cabeça e eu preciso tomar remédios para ter uma vida normal... Ora! Eu vou tomar sim! Porque não? Isso não me torna mais fraca ou menos lúcida! Não. Só que dizer que eu não sou uma idiota preconceituosa e estou disposta a lutar pela minha vida. Sim! E vou continuar lutando para ter a MINHA vida absolutamente normal.

Cara... Como é maravilhoso se sentir normal... Eu busco tanto esse sentimento de "ser normal", "ser como todo mundo", mas tanto! Que eu guardo um ódio interior enorme de quem diz que não quer ser normal. Sinceramente... Eu acho que quem vem com esse papo de não querer ser como todo mundo, não tem a mínima idéia do que é sofrer na vida. Só pode ser isso... Ou sei lá! Cegueira mesmo... Por que uma pessoa, em sã conciencia, desejaria ser tratada como eu fui durante a minha vida inteira? Me diz, POR QUE?? Não faz sentido, entende? Mew... Não deseje isso. De todo o coração, abraçe sua incrível e absolutamente perfeita normalidade. É um dos seus maiores bens. Você é perfeito... Você nunca vai ser tratado com discriminação, nunca vai ser pré-julgado sem nenhum direito a defesa, você nunca vai ser diminuido à rótulos (e pior, você não pode desmentir esses rótulos, você é assim... é a verdade, apesar de você não ser SÓ isso), você nunca vai sofrer vendo as pessoas se afastarem de você por uma coisa que você simplemente não pode evitar, você nunca vai ter que escolher entre ser você mesmo e ter amigos e família do seu lado, etc, etc e etc.

PS.: Se você já sofreu tudo isso, parabéns você não é normal lol

Mas então, não era isso que eu queria falar nesse post. Queria falar sobre o futuro... Essa é uma época complicada para todo mundo eu acho, quer dizer, fazer todas as escolhas, começar a viver sua vida, responsabilidades, mudanças... É uma carga pesada para jovens como nós. Mas sabe... Eu vejo todo mundo surtando, chorando, ficando com medo... E eu não me sinto tão assim (ou talvez me sinta e não tenha percebido ainda lol). O fato é que eu penso, ou acredito, realmente acredito, que as coisas só tendem a melhorar daqui em diante. Ei! O mundo inteiro está nos esperando lá fora! Tantas possibilidades, tantos caminhos a se escolher! Você realmente pode ser quem você quiser ser. Qualé! Todo mundo sempre sonhou com a desejada liberdade, a responsabilidade de ser dono da própria vida e agora vem esse medo de repente? É normal, imagino... a ansiedade diante do novo e desconhecido, mas isso não é motivo para deixar o pé atrás não viu, muito menos desistir.

É isso aí... Não sei quanto a vocês, mas eu estou mergulhando de cabeça nessa nova vida! Acreditem, a vida é algo realmente maravilhosa de mais para se perder tempo com tanto medo. Adeus escola.

domingo, 14 de novembro de 2010

Desde quando a gente é assim?

Meu médico e minha psicóloga já me perguntaram parece que várias vezes desde quando eu me sinto assim e eu tenho a impressão que sempre dou uma resposta diferente. 16 anos? 12? 14? 8? Desde quando a gente sente que tem algo de errado em nós? Sabe, já conheci pessoas que me falaram que desde sempre se sentiam "diferente", só que o diferente que eles falavam era sempre no sentido positivo, enfim... Pessoas que se sentiam de alguma forma especial. Não é esse diferente que eu me refiro... Não, eu me sentia... Errada. Não sei se essa é a palavra certa, o que eu sentia é que tinha algo errado dentro de mim, eu sabia disso, acho que sempre soube. Alguma coisa de ruim, muito ruim vinha acontecendo comigo, crescendo e crescendo. Até que um dia eu me peguei olhando para minhas mãos com a estranha sensação que elas não pertenciam a mim, me peguei achando graça por me ver sofrendo, me peguei fora de mim, olhando tudo de cima, em câmera lenta e estranhamente engraçada... Uma vez, duas, três... Esse algo ruim dentro de mim tomando "forma", essa coisa que eu chamo de monstro, sem sentimentos, sem arrependimento, esse alguém dentro de mim que fazia com que eu tivesse vontade de me bater, me arranhar, me machucar de alguma forma, só para ter certeza que eu continuava viva aqui dentro. E então um dia eu me peguei chorando... Repentinamente, como uma criança, inconsolável, e depois esse choro parou, da mesma forma que começou, de repente, no mesmo instante que eu avistei o estilete provocantemente largado em cima da minha escrivaninha. Eu sorri e olhei para minhas mãos sem sentir que era eu mesma naquele corpo e como se fosse a coisa mais óbvia a se fazer, eu me cortei.

A lembrança desse dia é tão viva aqui dentro de mim que ainda posso sentir a "força" que aquele ato me permitiu experimentar, tive vontade de rir, rir de verdade. Eu estremeci sentindo o sangue correr pelas minhas veias, nunca havia me sentindo tão viva em toda minha vida. Era incrível, mais do que incrível... Era... Viciante como eu nunca imaginei que alguma coisa pudesse ser. Tive vontade de me abraçar, ironicamente me amando naquele momento, me sentia forte, muito forte, viva, inteira e... como posso dizer... de verdade, sabe? Então, desde aquele dia, tudo virou motivo para me cortar, tudo, qualquer dor, qualquer decepção, melhorava com a lâmina no meu braço. Tudo se resolvia com esse pequeno ato, os cortes não era grandes nem profundos, ninguém precisava saber, estava tudo bem, eu não iria piorar, só precisava disso quando coisas ruins aconteciam, quando eu me sentia mal ou estranha. Tudo mentira é claro. Mas eu realmente pensava assim na maioria das vezes.... Porém, por sorte... Eu ainda tinha... Uma parte de mim, em alguns rompantes de lucidez, se é que posso me referir a isso dessa forma, que ainda gritava que tinha algo muito errado, que isso era muito errado, que eu precisava de ajuda. E eu realmente fui procurar ajuda... Mas na maioria do tempo eu pensava e continuei pensando mesmo depois de um bom tempo de tratamento, que eu precisava dos cortes para sobreviver.

Na minha cabeça, o único jeito que eu poderia aguentar viver com tudo que estava se passando comigo, era me cortando, dia após dia... Eu pensei em me matar sim, diversas vezes... Mas nunca cheguei a tentar de verdade. Analisando as coisas agora... Posso dizer que eu realmente era e sou uma pessoa que sempre quis viver muito, lá no fundo... Afinal, eu me cortava para sobreviver, certo? Não para me matar. Eu queria viver sim e essa foi a forma que eu achei de aguentar. É.... Eu nunca quis me cortar para morrer, mas para acabar com a dor. Mas o fato é que a medida que o tempo passava, os cortes e a frequência pioravam, passei do estilete, para uma faquinha e depois finalmente para a gilete... A gilete é de longe a coisa cortante mais viciante e eficiente que existe, quando eu começei a usá-la, eu realmente achei que nunca poderia parar, realmente achei que do jeito que eu estava indo, dificilmente terminaria o ano viva. Porém... Cá estou, viva, inteira, a um mês sem me cortar. Eu vou conseguir completar o ensino médio, não vou só sobreviver como estou aprendendo finalmente a viver, passei na faculdade que eu queria fazer... Cá estou eu, vencendo a cada dia.... Quem diria né?

Se as coisas podem piorar? Podem... Claro que podem... A qualquer instante o frágil castelo da minha vida, que eu venho tentando construir inúmeras vezes nesses ultimos meses, pode desabar. A qualquer instante, a qualquer pedra um pouco maior do que a esperada no caminho eu posso ter uma recaída. Mas a medida que eu estou bem, eu me preparo para o dia em que essas dificuldade reaparecerem para mim, me preparo para quando o monstro dentro de mim acordar por algum motivo qualquer... Me preparo, ficando cada vez mais forte a cada obstáculo superado. Muitas vezes me sinto uma criança, frágil e doente, aprendendo a andar... Tudo me machuca, qualquer tropeço pode se tornar um acidente irreparável, qualquer coisinha pode se tornar um motivo para não continuar a andar. Me sinto um criança aprendendo a viver finalmente. Me pergunto o que eu estava fazendo todos esses anos. Dando voltas e mais voltas em torno de mim mesma, me estranhando, não compreendendo, caindo, chorando, me atirando sempre em situações cada vez mais perigosas, em atitudes claramente auto-destrutivas, matando o pouco de auto-estima que eu possuia, errando ou não, mas sempre me culpando, sempre sofrendo por tudo, sempre com medo, assustada, me cercando de inúmeras negações, me enganando, confusa e perdida, sem nunca me encontrar, cheia de aversões, manias, atitudes impensadas, sempre sentindo aquele algo errado e mau dentro de mim.

Talvez a pergunta mais importante não seja desde quando a gente é assim, mas porque a gente é assim. Eu não sei ao certo. Pode ser tanta coisa, como pode ser nada. Como ter certeza?

sábado, 13 de novembro de 2010

Aos olhos que não brilham mais


Andei notando uma diferença nas pessoas de um tempo para cá. Andei notando que machucar alguém cujos olhos não brilham mais é muito diferente do que machucar alguém cuja alma continua viva e alegre em seu corpo, notei que o coração daquelas pessoas não se quebram, quebrar é pouco. Ele se esfarela. Notei que para eles... É preciso ser duro com a vida, para que a dureza dela não os destrua, notei que é preciso manter a quarda sempre erguida, notei que muros são mais do que intransponíveis, notei que máscaras não são uma questão de escolha, mas de artifício de sobrevivencia.
Eu andei notando que as vezes, as pessoas que parecem ser as mais fortes, as mais bem resolvidas, na verdade são uma das mais fracas, as que mais precisam de amor a sua volta. Andei notando que o abraço para essas pessoas é mais do que essencial. Andei notando que para mim, é impossivel pedir para que essa pessoa aprenda a perdoar, não quando eu mesma não consigo perdoar... Não quando eu mesma quardo aqui dentro um ódio enorme de todos que já me machucaram na vida. Percebi que para essas pessoas, pontos finais fazem parte da rotina, simplesmente porque não podem se dar ao luxo de continuarem sofrendo por pessoas que não valem a pena. Andei notando que essas pessoas aprenderam a viver, não importa se da forma certa ou errada, elas aprenderam a sobreviver apesar de tudo, mesmo que isso tenha matado seu melhor lado, e nós não podemos julgá-las por isso.
Percebi que as pessoas que possuem a alma viva e alegre dentro de si mesmos, quase crianças, amavelmente egoístas, não percebem essa diferença. Andei notando que para essas crianças, a vida se resume a tão pouco, mas tão pouco, que é preciso inventar problemas e dores para que essa vida não passe de uma rotina sem sentido. Notei que o nada se transforma em tudo e o que para nós, pessoas que não tem mais esperança nenhuma, é perfeito, para eles é uma fonte de frustrações ou seja lá o que for. Mas até ai tudo bem, quem nunca conheceu dor maior, obviamente vai sofrer com menos, o problema é quando essas pessoas começam a culpar o outros pelos seus problemas. Ai já é um pouquinho de mais. O problema é quando começam a ser ridiculamente injustas.
Então eu vou pedir uma coisinha para vocês crianças. Querem intriguinhas? Querem arranjar briga onde não existe motivo? Então vão brincar assim com outras criançinhas, tudo bem? Mas não se atrevam a machucar mais o coração de quem não tem mais quase nada. Não se atrevam por favor. São pessoas como vocês que estimulam pessoas como nós, a nos transformar em "monstros" egoístas e que só ligam para nos mesmos. Até porque, por que a gente se importaria com pessoas como vocês? Não vale a pena, entende? Não nos leve a mal, mas nos temos muito mais com o que lidar para nos darmos ao lixo de sofrer com isso. Nos temos uma batalha aqui dentro com nós mesmos e uma batalha com o mundo inteiro lá fora. Não temos tempo para boatos idiotas e "disse - me disse". Vão brincar lá fora, vão. Estou um pouco cansada de mais, sabe? Um pouco machucada de mais. Me recuso a ter uma recaída por vocês, ok? Não agora, não quando eu já lutei tanto, não... POR FAVOR estou pedindo de todo o coração, me deixem em paz... Por favor, não quero mais nem olhar para nenhum de vocês, dói tanto. E para quê tanto sofrimento?? Eu me pergunto... Tantos motivos idiotas, tantas mentiras e infantilidades, tantas desculpas para nos abandonar, para virar as costas... Estou tão cansada...
Tão cansada... Ninguém percebe nada, ninguém liga para nada, todos absurtos de mais em seu próprio mundinho, apontando o dedo para o outro dizendo que o egoísta é ele. Quando no fundo todos estão sendo o mais egoista possível, quando no fundo todos são mimados, todos são cegos... Parem com isso, por favor, parem! Parem de apontar os defeitos dos outros! E olhem pra porra da pessoa nojenta que vocês são. Uma vez na vida percebam isso, só uma vez. Nós sabemos o quão "más" nos somos, o quão egoísta, mas e vocês, hein? Se acham tanta coisa... Tão justos e racionais né? Cara... eu tenho tanto... sei lá, eu me sinto tão mal vendo isso, tão mal... Fico pensando onde estão as pessoas realmente boas, onde elas estão?? Onde estão as pessoas que valem a pena... Só consigo ver tão poucas... Por que vocês fazem isso? Me diz, alguém por favor senta e me explica, porque eu não consigo entender. Me diz qual o objetivo de jogar as pessoas umas contra as outras, me diz qual o objetivo de desenterrar problemas já esquecidos e resolvidos, qual o objetivo de criar poblemas onde eles simplesmente não existem? Eu simplesmente não aguento mais... Se o objetivo era arrancar meu coração, parabéns, vocês conseguiram, se o objetivo ela me arrancar da suas vidas, parabéns, você também conseguiram... Se o objetivo era apagar o sol que começava a nascer na minha vida, meus parabéns também! Vocês fizeram tudo direitinho. Eu espero sinceramente, com todo o carinho do mundo, que vocês se fodam, com todas as letras, porque diferente de vocês eu sou sincera e não vou mentir dizendo que to torcendo para vocês serem felizes nem essa mentiras idiotas. Eu espero que a vida mostre para vocês o quão idiotas vocês foram, espero mesmo. Quebrem a cara bem bonito, vão em frente, se tem uma coisa que eu aprendi é que o mundo da voltas e tudo o que você faz se volta contra você, cedo ou tarde.

Uma confissão


Ei... Escuta, vou te contar uma coisa. As vezes, só as vezes, com menos frequencia agora, eu me sinto fora de meu corpo, as vezes eu sinto que o mundo caminha meio que em camera lenta, enquanto minha alma, minha essencia ou seja lá o que for, escapa para longe de mim, as vezes sinto que estou vendo o que estou fazendo como se não fosse eu mesma, e as vezes eu sinto que o que eu sou se perdeu dentro de mim, como se eu estivesse esquecido quem eu sou, como se tudo parecesse... irreal e estranho, um sonho talvez e eu não soubesse mais o que é verdade. As vezes me sinto exatamente isso, uma mentira, um sonho forjado e nada mais do que isso. E pior, as vezes tenho vontade de rir quando isso acontece, como se fosse divertido, como se "eu" ou o que quer que esteja dentro de mim se divertisse em ver meu sofrimento por não poder mais me encontar. As vezes eu preciso sentir que estou viva, de um jeito ou de outro, nem que para isso eu precise ver o sangue escorrendo pelo meus braços.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

2 'smileys' que descrevem minha vida agora



Acho que a imagem fala por mim...

3 coisas que eu gostaria de esquecer


Essa é fácil, eu quero esquecer um pouquinho, só um pouquinho o quanto eu me machuquei esse ano, pelo menos nessa última semana, eu quero esquecer o fato de que não confio mais em quase ninguém, só para poder abraçar todos vocês uma última vez. Só para isso. Um último abraço para então todos estarem fora para sempre na minha vida. Um último abraço sem recentimentos! Um abraço das antigas, só para lembrarmos dos momentos bons... E quem sabe percebermos o quão infantil estamos sendo. E se isso não for possível, então eu quero esquecer todos vocês, quero esquecer o quanto os amei, quero esquecer a forma como apontaram para mim e me julgaram, com se afastaram como se eu não fosse ninguém, quero esquecer as brincadeiras de mal gosto, as frases ditas a sério, quero esquecer o "ninguém aguenta mais você", quero esquecer o "você não é a Sabrina", o "não gosto mais de você", o "procure novos amigos", o "você é um problema grande de mais para nós", o "não queremos pessoas como você ao nosso lado", o "você está afundando todo mundo a volta", o "estou decepcionado(a)", o "egoísta", o "mimada", o "idiota", o "facilmente manipulável", o "patética", "falsa", "fraca", "chorona", "fresca", quero esquecer... tanta coisa. Quero esquecer como, quando a gente pensava que as coisas estavam melhorando, quando pensavamos que as pessoas que haviam sobrado ao nosso lado eram verdadeiras, nos acusaram... Assim, facilmente, sem mais nem menos. Jogando na nossa cara o quando não confiavam em nós, como não estavam nem ai desde que encontrassem um culpado. E é claro que nada mais fácil do que bota a culpa em que já está todo ferrado mesmo, né? Óbvio, porque não? Quero esquecer como desenterram problemas, boatos, idiotisses, que já estavam esquecidas! Já resolvidas ou que nunca existiram, e jogam tudo de novo para cima de nós! Como que tentando justificar para si mesmos a tamanha injustiça que estão cometendo... Só desculpas em cima de desculpas...
Quer saber? Não quero esquecer não... Quero levar para o resto da vida essa maldita carga. Serviu para mim aprender que as pessoas não valem a pena porra nenhuma. A salvo raras excessões, a grande maioria é absolutamente ridícula, infantil, incoerente, egoísta e injusta.

4 coisas que eu nunca esqueci


Eu... Nunca esqueci e acho que nunca vou esquecer da primeira vez que me cortei, nem de todas as sensações e sentimentos que experimentei naquele dia, que eu não vou descrever aqui porque toda vez que eu lembro disso sinto uma vontade enorme de experimentar tudo de novo, talvez se você seja viciado em drogas você entenda. Eu nunca esqueci da primeira vez que um garoto realmente me machucou, machucou tanto que até hoje ainda tremo só de pensar, nunca esqueci em como nesse dia eu percebi o quanto era diferente deles e o quanto nunca seria aceita como igual entre eles. Nunca esqueci a última vez que olhei para o melhor amigo da minha vida, quase meu irmão, indo embora para sempre bem diante dos meus olhos. E nunca vou esquecer de tudo o que tem acontecido recentimente, tanto o horizonte lindo e livre finalmente se abrindo para mim tanto da dor de ver quase todas as pessoas que eu mais amava no mundo me virando as costas.

5 pessoas que significam muito para mim


Minha psicóloga, a Gabi, meu irmão, o gigi e... minha mãe talvez.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

6 coisas que eu gostaria muito de fazer


1-> Um dia, só um diazinho sem preocupação nenhuma, sem medo, só eu e ela.

2-> Voar.

3-> "Provar para todo mundo que eu não precisava provar nada para ninguém!"

4-> Ter filhos.

5-> Conquistar minha independência.

6-> Sair desse buraco, digo, casa, pra viver minha vida aonde ela me levar, sem repreensões, sem broncas, olhares feios, decepções... Não, não, a vida é muito mais do que isso.

sábado, 6 de novembro de 2010

Meus 18 anos - Eu aprendi...



Nesses meus 18 anos anos eu aprendi, principalmente nos últimos meses, que amigos não são para sempre e que você não deve exigir isso de ninguém. Aprendi que mesmo que algumas pessoas se afastem, outras virão, e outras e mais outras, e que o sentimento amizade, o amor, isso sim nunca desaparecerá da sua vida. Aprendi que você nunca deve se permitir ser dependente de ninguém e que ninguém deve ditar sua vida. Aprendi que ser independente é questão de responsabilidade e confiança, é cometer erros, mas ser responsável por eles, totalmente responsável. Aprendi que ninguém tem o direito de dizer quem você é, só você mesmo, e que você não deve dar ouvidos a quem pensa que pode. Aprendi que você tem o direito de mudar, aprendi que você não precisa justificar seus atos para ninguém, aprendi que você não deve ter medo de ser quem é. Aprendi que os verdadeiros amigos vão entender e te aceitar seja você quem e como for, aprendi que só pessoas maduras conseguem compreender que as pessoas mudam e que você não precisa mudar de pessoas por isso. Aprendi que quem se faz de muita coisa normalmente é muito pouco e quem se faz de muito pouco normalmente é muita coisa.
Eu aprendi que ser sincero consigo mesmo não é só questão de seguir seus sentimentos, mas de entender o que você sente. Aprendi que só você mesmo pode dizer o quanto sua luta é dura e difícil e que o que é fácil para você pode ser muito difícil para outras pessoas, aprendi que nem por isso essas pessoas são mais fracas do que você e que é preciso respeitar o sentimento dos outros, por mais incompreensivo que ele pareça, porque um dia você também vai precisar ser respeitado. Aprendi que reconhecer que você precisa de ajuda não é a mesma coisa que reconhecer que você está louco, muito pelo contrário, é a prova de que você é muito mais lúcido do que muita gente. Aprendi que não se deve sentir vergonha pelas suas dificuldades e traumas e sim orgulho por lutar contra eles. Aprendi que nos dias tristes, você vai olhar para as marcas e cicatrizes que a vida te deixou, e terá que ser duas vezes mais forte para não pensar que seria muito mais fácil desistir de tudo, aprendi que ao olhar para essas marcas você não deve se entristecer! Mas sim se orgulhar, mais uma vez, porque elas estão ali para te mostrar o quão forte você foi e o quanto você lutou para que o peso de viver não te destruisse. Elas estão ali para que você não se esqueça que você venceu. Sim, você venceu e continua vencendo a cada dia que acorda, a cada passo, a cada escolha, a cada decepção, a cada dor, a cada segundo em que você consegue sobrevive apesar de tudo.
Nesses 18 anos eu aprendi que em um segundo você pode destruir uma alma. Aprendi que não se deve confiar em alguém só porque agora ele parece mais gentil. Aprendi que existe muita maldade no coração de muita gente, aprendi que monstros existem, aprendi que pessoas boas também podem fazer muitas coisas ruins sem perceberem. Aprendi que existem pequenos fatos que te marcam pelo resto da sua vida, aprendi que superar um trauma exige muita paciencia, muito tempo, muita força de vontade e talvez até mais coisas que eu ainda não saíba, mas a principal questão é o quanto você está disposto a superar isso. Aprendi que existem pessoas que escolhem não superar e que você também precisa respeitar a escolha delas. Aprendi que é preciso perdoar, até mesmo a pior pessoa que passou pela sua vida, simplesmente porque odiar não vai te levar a nada.
Aprendi que realmente o amor e o ódio andam lado a lado. Aprendi que as coisas mudam, o mundo gira e se você odeia uma pessoa hoje, amanhã você pode muito bem amá-la muito mais do que jamais poderia ter imaginado. Aprendi que um dia você vai olhar para trás e rir da época que odiava essa pessoa maravilhosa ao seu lado, aprendi que você vai perceber que o ódio era na verdade medo por ver muito de você nela, medo de se deixar cativar, medo de amar. Eu aprendi que coisas que você diz voltam para você, coisas que você faz também. Aprendi que se você aponta um dedo para alguém, três se voltam para você e que você nunca deve tentar mudar uma pessoa sem que essa pessoa queira de todo o coração. Aprendi que ninguém tem o direito de tentar te mudar se você não quiser também. Aprendi que pessoas que não fazem você se sentir bem não são seus amigos e que nem sempre uma boa ação anula uma coisa ruim. Aprendi que existem dores e decepções muito difíceis de curar, mas elas só se tornam impossíveis se um dos lados não estiver disposto a perdoar ou ser perdoado.
Eu aprendi que algumas pessoas não conseguem falar sobre seus sentimentos tão facilmente e que você precisa ter paciencia com essas pessoas, é preciso esperar o tempo delas e nunca tirar conclusões precipitadas. Aprendi que você não deve se culpar pelo problema dos outros em hipótese alguma. Aprendi que por mais que você se esforçe, tente de tudo e deseje de todo o coração que as pessoas voltem, se elas não quiserem, você não pode fazer nada. Aprendi que é preciso esquecer, é preciso continuar a vida, é preciso reconhecer que você é muito mais do aquelas pessoas e pode viver muito bem sem elas. Aprendi que por mais que as pessoas mudem, se afastem e vão embora, algumas amizades ficam para sempre em nossas lembranças e só isso basta para saber que valeu a pena e que você aproveitou o máximo possível. Aprendi que você pode contar com essas amizades que ficam com você, estejam elas onde estiverem, mas nunca espere que as coisas voltem a ser exatamente como eram antes.
Nunca espere nada de ninguém para falar a verdade. Não espere um abraço, não espere uma mão amiga, não espere que as pessoas fiquem ao seu lado quando você estiver na pior. Porque se você esperar, você vai se decepcionar... Simplesmente por que sempre vai existir aquelas pessoas que não se importam, as que se afastarão na primeira tormenta, ou as que se importam, mas com o tempo desistem por não conseguirem mais enxergar um motivo para estar ao seu lado. Sempre existiram as pessoas que vão te julgar quando você cair, sempre existiram os incapazes de sentir qualquer compaixão que seja, e você vai se machucar e muito caso não esteja preparado para isso. Aprendi que não devemos acreditar em promessas, mas sim em atos. Aprendi que por mais que para você uma pessoa não esteja se esforçando o suficiente, não significa que ela não esteja se esforçando o máximo possível. Aprendi que não podemos permitir que uma coisa ruim estrague um dia bom. Aprendi que proteger uma pessoa não é tão fácil quanto parece e que algumas coisas simplesmente não estão em suas mãos e você não pode fazer nada, por mais que isso te machuque.
Eu aprendi que devemos respeitar o limite de cada um e devemos exigir respeito quanto aos nossos limites também. Aprendi que alguém que te machuca constantemente sem nunca se importar nunca vai merecer seu amor. Aprendi que existem pessoas que valem a pena amar e pessoas que não. Aprendi que enquanto dependermos de nossos pais, não podemos nos dizer totalmente livres, aprendi que temos que ter jogo de cintura para lidar com suas regras e que, dependendo de como são seus pais, não adianta nada se revoltar e levantar a voz. Aprendi que estar amando é lindo e maravilhoso, aprendi que estar ao lado dessa pessoa pode ser extremamente difícil e que o mundo pode não querer que vocês estejam juntos, mas se você quiserem, ninguém nunca vai ter o poder de tirar esse amor de vocês. Aprendi que quanto mais dificuldades se apresentam em um relacionamento, mais forte ele se torna, por que tudo o que não mata, fortalece, como diz minha namorada. Aprendi que conversar é essencial, mesmo quando a conversa parece não levar a lugar nenhum.
Aprendi que adultos são complicados e que as vezes eles realmente não entendem, por mais que pensem entender. Aprendi que temos que ter paciencia com eles e que não podemos exigir que nos aceitem como nós somos assim tão facilmente. Aprendi que eles são muito mais preconceituosos do que parecem, aprendi que a gentileza e educação são diferentes do amor e do carinho... Mas não devemos desistir de todos eles não, com o tempo talvez eles entendam ou talvez nós os entendamos com o tempo, não importa. Alguns realmente entendem e nos amam e nesses que devemos nos focar.
Aprendi que existem alguns assuntos que não devem ser ditos para algumas pessoas, porque elas não estão prontas para lidar com isso. Aprendi que nem tudo precisa ser dito, nem tudo precisa ser contado. Aprendi que você precisa saber resolver seus problemas sozinho, para que quando você olhar a volta e não ver ninguém, você não se destrua. Aprendi que existem sentimentos e sensações que não podem ser nomeados, mas não significa que você seja o único que se sinta assim. Aprendi que não estamos sozinhos em nossa luta! Aprendi que nunca devemos dizer para alguém que chora que ele não tem motivo para tal. Aprendi que as pessoas não são tão diferentes assim afinal, mas que cada uma é única em suas sutilezas. Aprendi que se continuarmos tentando, um dia vamos conseguir, aprendi que só porque você fraquejou por um instante, só porque você teve uma recaída, não significa que você esteja perdido e que a luta tenha acabado, não! Significa que você vai levantar de novo e vai continuar lutando, perder uma luta não significa perder a guerra, certo?
Aprendi que viver é uma luta constante e que você precisa se corformar com isso. Aprendi que a dor nunca irá sumir, aprendi que algumas feridas simplesmente não podem ser fechadas, mas você aprende a lidar com elas, você aprende a sobreviver contra todos os defeitos, imperfeições, difículdades, traumas, dores, não importa, você aprende a viver. Aprendi que a felicidade está nisso: Aprender a viver. Aprendi que nada supera a satisfação de poder ser exatamente quem você é, sem que nenhuma corrente te prenda e te segure. Aprendi que todo mundo merece uma segunda chance. Aprendi que todo mundo tem o direito de ser feliz. Aprendi que só um homem seria capaz de mandar alguém para o inferno e que Deus deve ser muito maior que tudo isso e se não for também, então eu não quero acreditar nesse Deus. Aprendi que o amor sempre vale a pena, como já dizia os poetas, aprendi que qualquer forma de amor vale amar e nenhuma das formas é menor ou pior do que as outras. Aprendi que ninguém tem o direito de dizer quem você pode gostar ou não. Aprendi que "seguir o coração" é diferente de ser inconsequente e que a razão é indispensável tanto quanto a emoção. Aprendi que o equilíbrio existe, por mais distante e surreal que ele pareça estar e que você pode alcançá-lo.
Aprendi que você merece viver, exatamente como todo mundo, e que você cometeria a maior injustiça do mundo se não se permitisse tal.
Nesses 18 anos, foi isso que eu aprendi e pretendo continuar sempre aprendendo. Afinal, estar vivo significa ser um aluno e é isso que eu vou sempre ser.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

7 coisas que cruzam muito minha mente


1-> Infelizmente, ainda, me cortar.

2-> Gabi, Gabi, Gabi (perigosamenteapaixonada.com)

3-> Eu decididamente vou pro inferno.

4-> Que merda de vida, que merda de pessoas, que merda de lugar idiota.

5-> Fudeu... Pqp! Fiz/Disse merda de novo!

6-> Eu... Me sinto... MTO estranha... Alguém me de um tapa por favor...

7-> Quero um abraço...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

8 maneiras de ganhar meu coração



1-> Me surpreenda, ultrapasse minhas expectativas. Me mostre que você é mais do que a capa.
2-> Me deixe curiosa, faça mistério, seja misterioso (sem ser chato, claro).
3-> Carinho, sensibilidade, compreensão, paciencia, sem se tornar passivo.
4-> Inteligência, opnião forte, ponto de vista.
5-> Comida! \o/ Cozinhe para mim. Se for doce e incluir morango então, cê tá feito.
6-> (acabei de perceber que a cada tópico eu tô falando umas 4 coisas oo)
7-> Seja você mesmo.
8-> Me ame.
Falando assim até parece fácil ganhar o coração de alguém né?

domingo, 31 de outubro de 2010

9 coisas sobre mim



1-> Tenho uma dificuldade grandiosa em nomear sentimentos. Por isso dou tanto rodeio com palavras e expressões tentando me explicar, não é para soar poético ou ficar bonitinho não. Perco tanto tempo de minhas sessões de terapias tentando descobrir o que eu estava sentindo no momento que fiz aquela besteira ou o que estava passando pela minha cabeça, que minha psicóloca vai trazer joguinhos para mim aprender a reconhecer sentimentos lol

2-> Sou ciumenta mesmo, não porque não confio em você! Mas sim porque não dá pra confiar na cara daquela menina/menino. Eles podem te agarrar a qualquer instante!

3-> Tenho dificuldade em entender o ponto de vista alheio e aceitar isso. Por isso muitas pessoas pensam que eu sou egocentrica, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.

4-> Adoro carinho, mas só quando é feito por alguém que eu realmente gosto e consegue fazer eu me sentir a vontade. Qualquer outra pessoas que invadir meu espaço sem pedir permissão eu tenho vontade de matar oo

5-> Digo muitas coisas sem pensar, mas penso em muito mais coisas que não consigo dizer.

6-> Sou muito questionadora, nunca vou me contentar com uma explicação pobre, a não ser que o assunto seja tão chato que eu não queria saber os por quês.

7-> Sou muito impulsiva também, mas isso nem sempre é ruim. Apesar da maioria das vezes ser, umas das melhores escolhas que eu já fiz na vida foi por impulsividade.

8-> Adoro ler de paixão. Sobre vários assuntos, mas meu preferido é sobre pessoas e mais pessoas, histórias de vida, experiências, sentimentos... Sou fã de Clarice Lispector e de como ela conseguiu usar todos... seus traumas, medos, transtonos, ou seja lá o que for, para escrever. Escrever maravilhosamente bem, aquela escrita com sentimento de arrepiar.

9-> Sonho um dia entender tudo o que eu sinto ao redor de mim. Sonho um dia poder fazer com que vocês sintam o que eu sinto (a parte boa claro).

sábado, 30 de outubro de 2010

Dez coisas que eu gostaria de dizer para 10 pessos diferentes





1-> Felipe: Eu nunca quis desmerecer todas as vezes que você me ajudou e esteve ao meu lado. Me desculpe por ter feito você pensar que eu não me importava. Eu estava com medo.


2-> Marcella: Você é uma das pessoas mais maravilhosas que eu já conheci. Por favor, nunca pense que você é menor do que ninguém. Você é uma vencedora. E você merece vencer! Você é linda, paciente, compreensiva, humana e tantas outras coisas! Nunca deixe ninguém te convencer o contrário. Você é perfeita.


3-> Gigi: Tente não se concentrar no quanto as coisas estão ruins agora. Nunca deixe que só os pensamentos negativos invadam sua mente, você não é assim. Você é forte, uma das pessoas mais fortes que eu conheço, você sabe muito bem que mais cedo ou mais tarde tudo vai melhorar e eu estou torcendo por isso.


4-> Vitor: Você não me aceita como eu sou, respeito sua decisão, sua escolha. Mas eu queria que você soubesse que eu te aceito exatamente do jeito que você é. Não tenha medo, por favor, nunca deixe que o medo de ser você mesmo tranque a pessoa maravilhosa que você é ai dentro. Ok? Lembre-se que antes tarde do que nunca, você deve ser sincero com as pessoas importantes da sua vida e com você mesmo. Não se esconda! Não faça isso... Você não tem do que se envergonhar, nem nunca vai ter. Levante essa cabeça e tome coragem! As coisas vão melhorar! Elas sempre melhoram. Eu estarei aqui, ok? Bem aqui... Por favor nunca pense que está sozinho. Vai ser difícil, vai doer e muito, mas tente não enfrentar isso sozinho, tudo bem? Ninguém é tão de pedra assim.


5-> Caio: Tente não levar a vida tão a sério! Você vai sofrer muito por isso. Estou avisando hein... E tome cuidado com o que você fala para as pessoas mais sensíveis! Existe uma tênue linha que separa a brincadeira da maldade pura e simples e para cada pessoa essa linha é diferente, olhe para elas, preste atenção, você perceberá. Saiba dosar o que falar e para quem falar, é uma chave muito importante em qualquer relacionamento. Não machuque quem nunca te machucou não! Isso não te leva a nada.


6-> Raphael: Ei... Quando você estiver mau... Tente falar! Se abrir. Você não precisa só ouvir todo mundo, você também merece ser ouvido. Não quarde tanta coisa só para você mesmo, faz mau! Você mesmo fala (E se você fala com alguém, me desculpe por falar isso, é só que eu acho que nunca vi você falando sobre seus problemas... Você parece bem fechado as vezes.).


7-> Miki: Sabia que eu te admiro muito mesmo? Sabe, esse seu jeito de encarar as coisas com tanta calma e paciencia, essa compreensão de mundo, essa sua alegria e energia contagiante, são coisas que eu adoro em você! Nunca desista de ser feliz!


8-> Gabi (a Maracujá, não a minha): Cara... Eu te conheço a muito pouco tempo. Mas queria te dizer que você me inspira. De verdade. Você é uma pessoa bem curiosa... Daquelas que me dá vontade de sequestrar um dia e ficar conversando a tarde inteira. Você me parece tão forte, resolvida e independente. Quando crescer quero ser igual a você /o/


9-> Meu irmão: Eu te amo. Não tenha medo de se abrir não, não tenha medo de mostrar quem você é. Eu vou estar sempre do seu lado, você sabe, não é? Você não está sozinho! Por favor se espelhe só nas coisas boas que eu faço, nunca nos meus erros. Se espelhe em minha suada coragem ou cara-de-pau ou desobediencia, como você queira chamar, de ser eu mesma! De buscar por mim mesma. Isso sim você pode ter como exemplo. Não tenha medo de ser feliz não! A vida nunca foi um bixo de sete cabeças! Confie em mim. Saia um pouquinho de seu mundinho, você vai ver como o mundo é bonito aqui fora! Você pode ser o que quiser! Fazer o que quiser! Consegue sentir a liberdade? Você pode ser livre! Tombos no caminho fazem parte, mas eles nunca te destruirão. Vai ficar tudo bem.


10-> Gabi (a minha agora o/): Será que é de mais dizer que você foi a minha luz no fim do túnil? Não, acho que não. Você foi a única, a primeira pessoa que realmente conseguiu fazer com que eu me sinta bem, a única que conseguiu me amar do jeito que eu sou, exatamente do jeito que eu sou. Talvez nem sempre consiga me entender, até por que é pedir de mais que alguém me entenda, mas você me aceita. E isso é extremamente importante para mim. Eu queria te agradecer... Por você ter entrado na minha vida, por ter aberto meus horizontes e me mostrado quantas coisas bonitas eu estava ignorando, presa em meus problemas e minha dor, por cuidar de mim como eu nunca pensei que alguém teria disposição para tal, por nunca me olhar e me tratar diferente mesmo descobrindo aos poucos tudo sobre mim e quem eu sou, por sua paciencia e por não desistir de conversar comigo, mesmo quando eu não entendo tão fácil ou pareço não ouvir. Eu preciso disso. Obrigada por acreditar em mim e continuar ao meu lado... Obrigada por todo o carinho, por todo o amor... Por tudo! Nunca me senti assim, nunca mesmo, é tudo tão novo e maravilhosamente lindo. Eu te amo tanto. Obrigada por fazer todos meus problemas desaparecerem com um sorriso ou um pequeno gesto, obrigada por enxugar minhas lágrimas e me ensinar a ser forte e paciente, com você ou sem você. Obrigada por não estimular minha mania de me tornar dependente das pessoas! E sim minha independência. Você é incrível, sabia? Gostaria de te dizer que um dia... Todos esses problemas pelos quais nós passamos não existiram mais! Um dia tudo isso vai acabar e nós poderemos seguir nossas vidas, felizes, independentes e aceitas pelas pessoas mais importantes da nossa vida. Ela vai te aceitar Gabi, mais cedo ou mais tarde, por favor nunca desista de tentar! Tudo vai acabar bem, as vezes nada melhor do que o tempo para resolver as coisas. Não deixe com que isso te derrube. E mais uma vez: Eu te amo! Você sabe né? ;*

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Minha confusão e meu dom de estragar tudo



Já faz um tempo que eu não consigo escrever um daqueles textos grandes sobre tantos assuntos como eu costumava escrever, não é? E isso realmente vem me deixando bem frustrada... Eu adoro escrever, e eu quero escrever. Mas minha cabeça simplesmente está tão confusa de um tempo para cá que eu não consigo me concentrar em um assunto tempo o suficiente para escrever algo decente. Eu ODEIO essa confusão toda, eu realmente não estou entendendo nem se quer meus pensamentos, muito menos minhas emoções. É absurdamente frustante para mim não me entender a esse ponto. Vou explicar-lhes um pouquinho minha situação atual, talvez a bagunça na minha vida seja o motivo da minha cabeça estar parecendo quebrada... Quem sabe falando eu não consiga organizar um pouco mais minhas idéias.


Enfim. Estou... namorando (?), eu acho... E isso é ótimo! Se não fosse o fato do mundo ter decidido conspirar contra nós, claro. É incrível como pela primeira vez na vida eu finalmente consigo me encontrar com uma pessoa, eu finalmente consigo me sentir bem e ser feliz... e ai... tudo dá errado! Quero dizer, não entre nós, nós duas nos damos super bem, nunca nem imaginei que conseguiria estar tanto tempo com alguém sem querer matá-lo nem uma vezinha (lol), maaas... é claro que para compensar isso temos uma mãe com um ódio absurdo de mim, disposta a todo o custo a nos separar, não importa como, temos pessoas fofoqueiras na escola, temos pais de alunos por causa dos seus filhinhos fofoqueiros colocando a culpa em nós pelos filhos irem mal na escola (LOL vão se fuder, de boa~ não faz sentido nenhum), temos professores também reclamando de nós (e eu me pergunto o que diabos a gente fez para incomodar tanto a vida alheia... Ainda se a gente se comesse no meio da rua eu entenderia... mas não! Eu não faço porra nenhuma e mesmo assim... parece que só o fato de eu estar a menos de um metro de distância da criatura causa um incomodo tipo... absurdo nas pessoas em um raio de um quilometro de distância, é incrível.), continuando, temos ex-amigos que simplesmente sumiram porque... tipo, eu sou um problema muito grande (mals ai~ bando de covarde que some quando a gente mais precisa...), ah sim! Ainda tem a porcaria da imagem do nosso "grupo", agora, porque, aparentemente, somos uma turminha da pesada na escola. Claro... Somos super do mal... olhem para a cara de nerd da gente e sintam medo lol.


Bom, eu não sei o que as pessoas realmente estão pensando nem porque diabos elas acham que tem o direito de reclamar (?? cara como vc reclama de quem fica com quem?? Cuidem das suas vidas seus filhos da puta! Com todo o respeito, mas a minha vida só diz respeito a mim mesma e eu sinceramente não acredito que minhas escolhas atrapalhem sua vidinha, muito menos te desrespeitem.). Mas eu queria deixar claro algumas coisinhas. Eu não mordo, ok? Loucura não é contagiosa e eu não vou me matar se você viver falar comigo ou seja lá o que for. Então se você tiver algum problema com o que eu faço ou o que eu sou, por favor, venha conversar comigo, vamos ter uma conversa madura, tudo bem? (Por incrível que pareça eu consigo sim conversar, ok?) Mas pelo amor de Deus né. Para de ir reclamar com a Beth (orientadora da minha escola) ou pedir fofoca para ela ou seja lá o que for!


Enfim... Quanto ao nosso "grupo". Sinto muito pessoas, por ter estragado a imagem de vocês (se é que a gente tinha uma imagem né...). Fala sério, metade do nosso grupo é viciado em jogos de computador, sem vida social nenhuma, outra parte é relativamente normal... e tem eu, e a Gabi. Fim. Temos um maluco bipolar reprimido, um narcizista que vive em outro mundo, temos uma doida suicída, temos uma vida loca, um nerd ao cubo, temos uma isotérica (é assim que escreve?), temos uma pseudo-romantica que no fundo é malvada (eu tenho medo de você D:), temos uma menina com um ódio do mundo incrível, temos uma quietinha, temos um que é o que chega o mais perto de normal, temos um hiperativo tímido (por incrível que pareça XD), temos um que está sempre tentando ajudar, temos um falante, dois falantes na verdade... Enfim! Nosso grupo é feito de tudo quanto é tipo de pessoas... E eu me orgulho muito dessa diferença entre todos nós e no fato de todos conseguirmos nos dar bem... Quero dizer, me orgulhava né. Porque isso é passado. A parte nerd viciada em jogos se afastou da parte... da parte que não me odeia, porque para eles eu estava estragando a tipo... importantissima imagem social deles, e afundando o grupo (não é possível que eles acreditem ter uma imagem decente LOL). No final eu sou a vilã da história.


Meus incríveis feitos esse ano (segundo a visão alheia): Levei as pessoas para o "mau" caminho, afundei e separei nosso grupo, estraguei o desempenho escolar de meio mundo, incomodei os professores, deixei algumas pessoas preocupadas, outras mais curiosas e fofoqueiras do que preocupadas de fato, incomodei a paz alheia, desobedeci... Deus, a igreja, e seja lá o que for, estraguei a imagem dos meus amigos, causei muita dor de cabeça, machuquei muitas pessoas, fui um peso enorme, desencadeei problemas familiares, e desrespeitei... o direito das pessoas... de destruirem minha vida e fazerem eu me sentir um lixo lol.


Eu realmente deveria ser presa. Alguém me segure antes que eu começe a ser a causa de terremotos e furacões. Nunca se sabe né...