"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

sábado, 19 de junho de 2010

A culpa e a dor contagiante


Eu costumava dizer que a tristeza não era uma coisa contagiante, nem a loucura ou outra coisa do tipo, para poder falar para as pessoas não olharem para os que tinham esse problema com preconceito. Mas na verdade é contagiante sim, porque se alguém que você ama fica triste, você também vai ficar triste. Como em um pacto de suicídio... Pode ser que os dois sejam suicidas, mas é bastante comum que só um deles seja o suicída problemático e arraste com si o outro. Um não pode viver sem o outro. Por mais que a pessoa deprimida não tenha culpa por estar assim, não deixa de ser egoismo, não é? Por mais que ela não consiga ficar feliz, é egoismo deixar os outros a sua volta preocupados e tristes. E mais uma vez, não consigo deixar de pensar que não existe lugar no mundo para pessoas assim... Agora faz sentido todos os livros de auto-ajuda falarem "Fiquem longe das pessoas pessimistas e deprimidas", porque os deprimidos atrapalham a vida dos normais e tudo isso é contagiante.

As pessoas positivas podem falar que a alegria também é contagiante, logo as pessoas felizes precisam alegrar as tristes. Eu também acho que a alegria é contagiante, mas depende, nem sempre ela é contagiante não, existem vazios que alegria nenhuma consegue chegar. E então essas pessoas felizes ficam frustradas por não conseguirem animar todo mundo. E então a culpa começa.

O depressivo se sente culpado por estar triste, os amigos se sentem culpados por não conseguirem animar o depressivo e, novamente, o depressivo se sente culpado por fazer os amigos se sentirem assim, em um circulo vicioso sem fim.

Bom, vou aproveitar para explicar um pouquinho sobre a culpa. A culpa é um sentimento restrito aos seres humanos quando as regras sociais estão diretamente ligadas. São “leis” gravadas em nosso subconsciente derivadas de valores familiares e sociais de acordo com a cultura e o meio em que vivemos, gerando, assim, uma censura interna que quando rígida demais se torna a responsável por grandes sofrimentos psicológicos, alimentando uma destrutividade que é tão humana quanto o sentimento de autoconservação.

Logo, a culpa não é nata (no site que eu pesquisei estava escrito "não é inato"... Mas eu acho que foi digitado errado... enfim), são vozes recriminatórias que permanecem dentro de nós, como por exemplo, nossa mãe, pai, professores, etc. A culpa é um sentimento importante para o funcionamento da sociedade e para a aprendizagem pessoal, a culpa deveria nos fazer crescer. Mas existe uma coisa chamada culpa patológica.

É normal que sintamos uma culpa aqui e outra ali por algo que fizemos ou dissemos, gerando um mal estar passageiro, mas prosseguimos nos responsabilizando pelos erros e aprendendo nossas lições. Só temos que aprender a lidar com esta culpa e se a sua existência é real ou virtual. Talvez isto não seja o mais importante, mas sim a determinação psíquica e sua conseqüência em nosso comportamento, porque só sentir culpas e mais culpas pode nos remeter a um círculo vicioso de aflições repetindo padrões de autopunição que se tornam doentios nos levando à depressão, angústia, auto-recriminação e repressão; causam desequilíbrios emocionais que podem retornar como um sintoma psíquico e, então, na necessidade da diminuição desta culpa, advêm diversos transtornos, como pânico, hipocondria, TOC (transtorno obsessivo compulsivo), transtornos alimentares, doenças, etc, tornando-se assim um sentimento inútil, onde não há compreensão e aprendizagem.

Esta culpa patológica faz com que a pessoa não consiga sentir prazer no presente, ficando introspectiva, triste e isolada, refletindo de forma negativa em todo tipo de relacionamento... Enfim, geralmente são pessoas perfeccionistas, ou pessoas que tiveram um infância com muitas restrições e exigências, de forma que ela sinta que não possa errar. Depende muito a cultura também. Como por exemplo nos países asiáticos, onde a educação é tão rígida e se exige tanto dos jovens, que o número de suicídios nessa faixa etária é alarmante.

O fato é que eu acho que essa história de ficar jogando a culpa de um lado para o outro não resolve nada, só deixa as pessoas cada vez mais aflitas. Talvez fosse mais produtivo nunca deixar de buscar soluções do que ficar procurando culpados... Apesar de que, na minha muito pessoal opnião, a culpa é de quem está deprimido. Não que ele tenha culpa por ser ou estar assim, mas por deixar os outros preocupados ou seja lá o que for. Eu ainda acredito que não deve existir lugar no mundo para pessoas assim...

Mas eu também acredito que o mundo deve estar doente, só pode ser isso, para cada vez mais estar criando mais e mais pessoas doentes... Sendo assim, a culpa seria de quem? Do mundo? Da humanidade? Abstrado de mais... Mais fácil falar que a culpa é da pessoa mesmo. Ela deveria aprender a guardar sua dor só para si mesma e não atrapalhar ninguém.

Fonte: Clique aqui!

2 comentários:

Unknown disse...

A culpa não é de quem tá deprimido não man x___x duvido alguém não ter problemas!
Estará se enganando, caso esconda sua tristeza profunda atrás de um sorriso~
o/ alegria parece não contagiar, mas quem ama , se alegra com quem ta alegre
seria +- uma proporção de:
2x alegria - 1x tristeza
quem te ama se preocupa contigo!

Unknown disse...

ueheuheuheuehuehueheuheuhueuh eu falo q a culpa eh de quem tah triste, pq eu me culpo o/ mas isso é só eu que acho para mim mesma, se outra pessoa aparece triste na minha frente é lógico q naum vou culpá-la...

sim, se vc ama a pessoa, é mais fácil a alegria dela te contagiar.