domingo, 30 de outubro de 2011
Para que as larvas existem?
sábado, 29 de outubro de 2011
Talvez meu médico tenha razão
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Gay não é contagioso
Autoimagem
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Defeitos e qualidade, quase sinônimos
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A condição - algo que eu venho me acostumando e me perturbando
sábado, 22 de outubro de 2011
Ansiedade
É isso que eu mais quero na vida, ser a porra de uma garota normal. Pare de tremer, pare, pare, pare, feche os olhos e respire fundo, segure as lágrimas, se acalme, se acalme, vai ficar tudo bem, você está bem aqui, continue aqui, não se perca, você sabe que vai passar, sempre passa, só tenha um pouco de paciência. Como é que minha psicóloga sempre me diz? Você não é mais aquela garotinha indefesa, agora você pode se defender, você DEVE se defender, não se esconda, não fuja, você consegue pensar em uma solução. Você não é mais aquela garotinha.
Eu sei bem que não sou mais aquela criança indefesa, eu sei. Eu sei que consigo me defender, sei que consigo continuar, sei que o mundo só vai me atingir se eu permitir, eu sei, eu sei, eu sei... É só que eu não consigo, é só que, de repente, minha cabeça entra em pane e nada mais faz sentido. Eu permaneço repetindo para mim mesma todos os raciocínios lógicos do mundo, todos os processos, todos os comportamentos adequados, todas as formas de pensar e interpretar, e por mais que tudo isso esteja certo, por mais que eu reconheça isso como certo, eu simplesmente não me mexo, eu simplesmente permaneço no mesmo lugar, absolutamente perdida, teimosa, em pânico. A irracionalidade do medo é incombatível, eu tenho medo, eu tenho muito medo. E para mim parece que ele vai e vem ao sabor do vento, independente de qualquer coisa.
Eu sei o que fazer doutora, mas eu não consigo. Um dia colocaram tijolos em meus pés, prenderam minhas mãos e vendaram meus olhos, você não está vendo? Por mais que eu me debata aqui eu não consigo ser livre, eu nunca vou conseguir... Estou sempre tão cansada de dar meu melhor, e por mais que eu tenha aprendido a comemorar até a vitória mais minúscula e insignificante, eu não posso deixar de me comparar com os outros e me sentir terrivelmente frustrada.
Eu não sou mais uma criança, mas volto sempre a me sentir como uma. Pequena, patética, burra e extremamente passiva. Tenho vontade de matá-la, essa criança dentro de mim, tenho vontade de protegê-la como ninguém. Tenho vontade de nunca ter nascido, tenho vontade de ser qualquer um, de chorar até vomitar, tenho vontade de não mexer um músculo se quer por meses, de bater nas pessoas na rua, de empurrá-las no vão do metro, de cortar cada centímetro de meu corpo, de me atirar de uma ponte.
As vezes viver é bom, mas a morte ainda me atrai insuportavelmente. Nesses momentos em que eu sou tudo menos eu, ou quando eu sou inteiramente eu mesma e o mundo não existe. Existir e não existir, tanto faz, tudo não passa de uma tortura que um deus entediado um dia inventou. E hoje se diverte me atirando de um extremo ao outro, é tudo muito engraçado, quanto tempo será que eu vou durar?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Medo e falta - E eu te amo
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Dois mundos - a mania da intromissão
Quem disse? - As piores e a falta de autopercepção
sábado, 15 de outubro de 2011
Futuro, pensamento a longo prazo e seis meses
O futuro é algo muito incerto para mim, quase inexistente. Não costumo funcionar pensando muito além do que daqui a um ano. Aprendi a pensar dessa forma quando planejava suicídio, daqui a seis meses, daqui a seis meses, eu pensava aliviada, sem nem desconfiar o quanto minha vida ainda iria rodar em meros seis meses. Seis meses passaram. E para passarem eu tive que aprender a pensar em um tempo menor que esse. Se daqui a seis meses eu vou me matar, de hoje até essa data o que eu vou fazer? Foi algo como ter uma sentença de morte, como aquelas brincadeiras do estilo "O que você faria se tivesse 24 horas para viver". Seis meses para viver.