"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

segunda-feira, 14 de março de 2011

Você é perfeita. (Isso é uma irônia)


E o remédio começa a pifar. Lá estou eu lentamente caindo de volta no inferno das oscilações de humor, do desligamento, da confusão a respeito da indentidade, das crises, das paranóias e alucinações.
É estranho... Queria um tempo para descansar, para poder dormir, pintar e escrever... Enfim, respirar e poder ter certeza que vai ficar tudo bem. Mas não posso tirar um tempo, preciso de atividades, preciso de distrações, precisos de objetivos claros e possíveis, preciso de minha agenda com todas as atividades que eu vou fazer no dia perfeitamente marcadas em seus horários certinhos. Simplesmente não posso parar, olhar em volta, e não saber mais o que fazer, não ter mais nada o que fazer. Entro em pânico.
Passei minha vida inteira tentando ser perfeita... Por incrível que possa parecer (porque eu sou a pessoa mais longe da perfeição que eu conheço). Passei minha vida inteira preocupada se as pessoas a minha volta iriam gostar de mim e me aceitar como eu sou. Irônico, porque procurando aceitação eu me tornei tudo menos eu mesma. Busquei tanto isso... Até que não suportei mais e tive que mudar, minha mente não aguentou. Foi obrigada a me aceitar como eu sou, porque ou era isso ou eu me matava. E então as coisas começam a melhorar depois de um tempo, depois de muito suor... Hoje eu até que gosto de mim mesma, em partes, diria que me respeito... O mínimo possível (apesar de o amor-próprio ainda deixa a desejar). Mas é bastante irônico. Passei tanto tempo preocupada em ser amada pelas pessoas a minha volta, que esqueci de me amar, rejeitei meu amor, como se não fosse importante... Por isso passei a me odiar, por causa dessa minha prepotência de me rejeitar, esse pouco caso. Eu esqueço que sou importante. Para mim mesma quero dizer. Minimamente... Quero dizer, dividimos o mesmo corpo, se eu entro em guerra comigo mesma tudo para de funcionar. Precisamos trabalhar em equipe.
Eu e meu monstro.

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