"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

sábado, 3 de julho de 2010

Separando a Verdade do Mito


Bom, esse post é de presente para o comentário infeliz de uma certa pessoa (lê-se Mendes). Para ele aprender a não falar besteira, estou fazendo isso com todo o amor e carinho, claro.

Ok, vamos do começo. Existe um preconceito nojento acerca das doenças mentais e da psiquiatria, isso é fato. Eu sei que as pessoas não saem por aí falando mal de pessoas problemáticas ou coisa do tipo, mas isso é uma coisa enraizada sabe? Psiquiatra é médico de louco, ponto. Não, não é! Pessoas normais também vão ao psiquiatra. Dêem uma olhada em uma coisa que eu li em um site:

"É comum nos depararmos no consultório com duas situações visivelmente desgastantes para as pessoas que procuram tratamento para depressão ou outros problemas emocionais. Primeiro, temos que lidar com um intenso e inexplicável sentimento de culpa. Muitas vezes, o paciente adia a consulta com um psiquiatra ou mesmo procura profissionais não especialistas para tratar da depressão em função desta sensação de culpa. Mas, culpa por quê? Em uma conversa mais cuidadosa, logo se identifica a origem da culpa: o pensamento (absolutamente infundado) de que ter depressão é sinônimo de fraqueza, incapacidade de reação da pessoa, uma verdadeira prova de fracasso em lidar com situações facilmente contornáveis pela maioria das pessoas. É interessante a constatação de que a pessoa não sente nenhum tipo de constrangimento ou culpa ao ser informada que está com uma doença física como pressão alta , diabetes, osteoporose ou hipotireoidismo."

Sim, eu também me sinto terrivelmente culpada. Eu também penso que é fraqueza. Mas o fato é que isso é uma doença, como outra qualquer. Só porque seus sintomas são muito mais emocionais do que físicos isso a descaracteriza como doença?? Claro que não! De uma vez por todas: Depressão é um problema químico no cérebro. QUÍMICO, entendeu? Não adianta nada você falar coisas como: "A vida é bonita!", "O Sol vai brilhar amanhã", "Tem gente muito pior no mundo" ou qualquer outra coisa idiota do tipo. Pelo amor de Deus né. Será que ALGUÉM melhora ouvindo isso? Imagina um depressivo então, isso sinceramente, faz a gente se sentir pior ainda (se é que isso é possível). Faz com que nos sintamos uns idiotas, incapazes, retardados, egoistas, fracos ou seja lá o que for. E a culpa aumentando e aumentando...

Portanto, por ser um problema de origem química, medicamento é uma coisa indispensável, ok? Tudo bem, para 30% dos depressivos eles não funcionam, mas para o resto funciona. Descobri também que aquela história que antidepressivo aumenta o risco de suicídio é uma mentira do caramba. Entendam, a falta de informação é que aumenta o risco de suicídio. Os antidepressivos demoram algumas semanas para começarem a fazer efeito, por isso pacientes suicídas podem se sentir frustrados no começo do tratamento, ai está o risco de suicídio. É preciso que o paciente saiba o tempo de ação do remédio, para ele não pensar que nada está adiantando. Isso sem contar que é preciso achar a dose cerca para cada pessoa, o que no mínimo é complicado.

Antidepressivos NÃO danificam o cerébro nem mudam a personalidade das pessoas. Eles só corrigem, ou tentam corrigir, o que está de errado lá. Só isso! Sem traumas nem nada do tipo. Eu não vou me matar por tomar isso e eu não vou ficar doida também, tudo bem? Sem pânico. Se eu ficar doida ou me matar, pode ter certeza, eu provavelmente estaria muito pior sem o remédio ou, no máximo, eu estaria igual (no caso de eu fazer parte dos 30% azarados), mas eles nunca fariam eu me sentir pior. A chave para a cura é antidepressivos e terapia, nenhum dos dois é muito eficaz sem o outro.

Alias eu vou aproveitar o post para esclarecer algumas coisas sobre a Depressão também. Até porque pouquissímas pessoas sabem alguma coisa sobre isso, a maioria tem idéias muito erradas.


Mitos e verdades sobre a Depressão:

1 – Depressão é uma doença de pessoas frágeis.
Mito. Este é um erro comum que ainda impede muitas pessoas de buscarem o tratamento adequado para a depressão. A depressão é caracterizada por um conjunto de sintomas específicos, de gravidade e duração significativas. A doença está relacionada a um desequilíbrio neuroquímico já bem estabelecido pela ciência. Porém, o mecanismo completo da doença ainda não foi totalmente desvendado pelos médicos. A depressão tem características importantes, afetando o humor, o comportamento, o pensamento e outras áreas do organismo. Acompanham os sintomas emocionais também os físicos, como dores crônicas, e os funcionais, como dificuldade de concentração e falta de motivação. Estes três grupos de sintomas normalmente comprometem de maneira importante o funcionamento cotidiano normal e também a vida familiar, social e profissional do paciente.

2 – A depressão está sempre relacionada a um fator emocional.
Mito. Embora os fatores emocionais, como morte de alguém na família ou uma separação possam desencadear o problema, nem sempre serão um gatilho para a depressão (as depressões mais preocupantes são as que aparecem sem um motivo aparente).

3 – Existem tratamentos eficazes para a depressão.
Verdade. A depressão é uma doença que já possui tratamento. Infelizmente, muitas pessoas ainda sofrem com o problema sem procurar ajuda médica. Os medicamentos para tratar a depressão são sempre vendidos sob prescrição médica e têm surgido opções mais modernas com alta eficácia e menos efeitos colaterais.

4 – A depressão tem cura.
Depende. Não se trata de um mito ou verdade absoluta. A depressão considerada doença, chamada de transtorno depressivo maior, costuma acontecer com episódios agudos que se repetem, podendo durar de semanas a meses e acontecer mais de uma vez num único ano. Em alguns casos, com tratamento correto, é possível, sim, o paciente se tratar e não voltar a ter mais o problema. Em outras pessoas, o tratamento correto proporcionará alívio dos sintomas e tornará bem menos freqüente o aparecimento dos episódios agudos, o que, sem dúvida, é um enorme benefício ao paciente. Por isso, acompanhamento médico é fundamental.

5 - Ao se sentir melhor, o paciente pode interromper o tratamento para a depressão.
Mito. O tratamento para depressão tem dois objetivos principais: o primeiro é o de tirar os sintomas do paciente e fazer com que ele volte à sua vida normal; e o segundo, que acaba sendo a maior preocupação do médico, e que muitas vezes não é levado em consideração pelo paciente, é o de impedir que a depressão retorne. O tratamento completo dura no mínimo de seis meses a mais de um ano, dependendo do transtorno que o paciente apresenta. Em torno de quatro semanas já é possível perceber a melhora dos sintomas, que podem até desaparecer completamente por volta da 12ª semana. Porém, se o tratamento for abandonado ainda neste período, a chance de haver uma recaída ou uma recorrência é muito grande e colocaria a perder todo o tratamento.

6 – A depressão afeta mais as mulheres.
Verdade. A depressão é uma doença que atinge até duas vezes mais mulheres do que homens. Os motivos podem estar relacionados ao papel do hormônio estrogênio, já que as mulheres são mais suscetíveis às variações hormonais.

7 - Todo medicamento para depressão compromete a libido.
Depende. Todo medicamento antidepressivo pode levar a disfunção sexual, como por exemplo perda ou diminuição da libido.
A frequência com que isto ocorre varia de acordo com a droga escolhida e com a resposta do paciente. Porém, sabe-se que em torno de 60% das pessoas que usam antidepressivos afirmam ter disfunção sexual.
Como queixas sexuais são causas comuns de abandono do tratamento para depressão, antidepressivos mais modernos que demonstram baixa interferência na função sexual trazem grande vantagem ao tratamento.
É importante lembrar que dentre os sintomas frequentes da própria depressão está a perda do desejo sexual, especialmente comum nas mulheres com depressão. Assim, a disfunção sexual observada num paciente em tratamento para um transtorno depressivo pode não ser atribuída ao tratamento e sim à própria doença.

8 – Todo medicamento para depressão engorda.
Mito. Embora este seja um dos efeitos colaterais mais relatados pelos pacientes e importantes dos antidepressivos, o que muitas vezes leva o paciente, principalmente mulheres, a abandonarem o tratamento, não é possível afirmar que todas as pessoas que fazem uso de medicamentos para depressão engordam. Porém, como é uma queixa muito comum, é importante ressaltar que já existe uma nova opção de medicamento para o tratamento da depressão que não altera o peso.

9 – Antidepressivos alteram o comportamento.
Mito. Os antidepressivos não são a pílula da felicidade. Os medicamentos não provocam reações extremas de mudanças no comportamento (ouviu Mendes?). Por isso, é importante procurar o médico para encontrar o tratamento mais indicado.

10 – Mulheres na menopausa têm maior probabilidade de ter depressão.
Verdade. Novamente os motivos para esta afirmação estão relacionados ao desequilíbrio hormonal, em especial, ao estrogênio. Estudos mostram que durante o período da menopausa (chamado de peri-menopausa) uma mulher que nunca teve depressão na vida, tem duas vezes mais chance de ter um primeiro episódio de depressão nesta fase. E se a mulher já tem histórico de depressão, a chance do quadro se repetir é 14 vezes maior do que antes dela entrar na peri-menopausa. (lol legal... vou ter depressão de novo aos 50...)



Espero ter ficado um pouquinho mais claro agora. Por favor, tirem esses chavões de suas cabeças, tirem essas idéias inocentes e pensem (por favor! Pensem) um pouquinho antes de falar as coisas.

Mendes você críticou uma das únicas coisas que realmente podem me ajudar, a minha luzinha no fim do túnio (sim, eu me agarrei a esperança de que agora o antidepressivo vai funcionar... Não é possível que não funcione). Como você pode falar para mim parar o tratamento?? Você é louco? Quer que eu caia mais fundo? Quer que eu me mate? Para com isso, de boa. Eu não estou diferente por causa do remédio, se estou é por causa da depressão. E nem a depressão me mudou tanto assim (eu acho). Eu sempre fui crítica assim. Só que vocês nunca pararam para me escutar. Sempre fui sensível, só que isso não me levava a extremos como agora, como pensar em morrer.

Outra coisa. Você falou que meu último post foi o mais paranóico de todos e que eu deveria parar com o remédio, ou seja, você provavelmente está ligando o fato da dose ter aumentado e eu ter piorado. Filho de Deus... Faz uns dois ou três dias que eu tomo a dose mais alta, ainda não to dopada não, ok? Espera mais umas duas semanas que seu argumento vai ser um pouquinho mais válido.

2 comentários:

Anônimo disse...

O pequeno ser to falando que vc ta mto paranoica e generalizando de mais o SEU caso entendeu o do remedio eu ia apagar mas eu ja tinha mandado o comentario....vc pode se revoltar mas n axe q o mundo gira em torno do seu caso n falei q o remedio q te mudo mas q vc errando de mais sendo muito egocentrica e generalista, não falei q o remedio não esta te ajudando pq nas ferias n to te acompanhando no dia a dia então não tira conclusões precipitadas do que eu disse, pode ser q essa depressão tenha mudado vc, só pq sua familia ta assim q a maioria ta passando pelo seu caso(sempre ha excessoes) oq eu falei é q vc pode ser revoltada mas apenas n generalize de mais.

uma garota disse...

sah, oi de novo!
não to te julgando, te reprimindo, nem te chamando de louca.
mas só uma coisa brisante que nem vai dar certo, creio eu.
VC AXA QUE NESSA SINTONIA DE RAIVA/TRISTEZA ETC ALGUMA COISA BOA VAI ACONTECER?
sah, as coisas só acontecem se vc dá terreno pra elas acontecerem. Se vc tem um pensamento fixo, seja ele bom ou ruim, as chances dele se realizar são imensas. Então, pensa mais positivo *.* odiar o mundo não vai mudá-lo.
mta paz pro seu s2