"A vida é aquilo que você faz daquilo que te fizeram"

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Machismo, racismo e homofobia nossa de cada dia



Teve aquele que apanhou. Na Paulista de novo? E nos Estados Unidos o que foi torturado pelos pais e pela igreja. O bullying continua, e os suicídios... Tem lugar no mundo que quer voltar a tratar o assunto como crime de pena de morte... E em casa eu ainda sou obrigada a olhar para a cara de uma Veja todo santo dia. Ah... A antiga classe média, branca e conservadora brasileira. Todos pensam tão iguais, tão superficialmente iguais, tão pateticamente iguais. Tenho vontade de sacudir-lhes a cabeça, tirar as teias de aranhas desses pensamentos há tanto tempo enraizados e intocados. E mesmo a juventude! Tão velha das ideias que chega a ser assustador. Me pergunto se há esperança, me pergunto se é possível abrir os olhos de quem nunca soube o que fazer com eles. Talvez não. A raiva bate em meu peito, vontade de gritar, vontade de sair correndo, como não enxergam? Como não crescem, não se mexem, não raciocinam, não coisa alguma. Já estão mortos, há muito tempo, talvez antes mesmo de nascerem. E eu gastando minha energia com o que já foi perdido... Deveria só ignorar e seguir em frente, me importar com quem ainda vale a pena.

Mas sou teimosa de nascença, assim como eles, só que minha teimosia tomou outra direção. Quero ressuscitá-los, quero arrancar-lhes os olhos, sujar-lhes as mãos e os pés... Maldito lugar comum, quero explodir com isso, quero que eles vivam uma vez na vida e enxerguem o quão horrível e maravilhoso o mundo de fato é. Me entristece essa característica presente nesse tipo de pessoa, quase robozinhos repetindo sempre as mesmas frases, as mesmas falácias, a mesma burrice generalizada. Tenho a sensação de que nunca nasceram e, dessa forma, nunca poderão crescer e enfim formar sua própria opinião. Mas também, quem sou eu? Ainda gaguejo em meus pobres argumentos, ainda me vejo dominada por toda essa raiva que só cala, que só torna o mais racional dos argumentos, sem sentido. Invejo a calma dos adultos, o meu erro é ainda ser criança de mais, emocionalmente falando, principalmente emocionalmente falando.

Gosto das discussões, quando o vulcão de emoções dentro de mim está apagado, quando minha mente é clara e rápida. E não é todo o dia que eu tenho essa sorte. Outro dia perdi uma discussão que virou briga e a minha burrice permitiu que meu irmão continuasse se afundando em seus preconceitos e ingenuidades... Tão novo... E nem um pingo da boa e velha inquietude e não aceitação dos jovens para com sua realidade e mundo. Tão jovem e com ideias tão velhas quanto as ditadas pela minha avó inocentemente racista e machista.

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